eco…eco…ecooo…ecooooo… é como se suas histórias estivessem sido lidas há muito tempo atrás, e esse mesmo tempo era o tempo em que ele não escrevia e portanto… havia esse… eco… vocês conseguem ouvir?!
… _ Vocês conseguem me ouvir?! ele perguntou para o nada, um vazio imenso que tomava conta de sua alma e agasalhava seus medos… _ Será que estou sozinho?! Ouço barulhos, pequenos barulhos, que imagino serem alguns animais, insetos talvez… e; … _ Eu não ouço vozes humanas. Nenhuma. Nenhuminha… Nem mesmo aquelas que viviam em minha cabeça! ele pausou mirando um horizonte longínquo e enevoado… já não enxergava tão bem e havia tempos quebrara a armação do óculos sentando em cima numa daquelas bebedeiras imaginárias…
tinha parado de desenhar caras e rostos e personagens engraçados ou esquisitos que pediam personalidades inquietantes em taças que vinham flambadas de fogo e amor… mesmo que não fosse um amor verdadeiro, àquele que é comprado, ainda assim, se vale para acalentar um coração solitário, e esse era o caso daquele nosso amigo, sujeito introspectivo e ao mesmo tempo, quando com uma outra pessoa, um tanto comunicativo…
tanto andou por lugares inóspitos quanto pelos mais floridos e cheirosos espaços que traziam muitas vezes as brisas do mar… nesse mesmo dia, ficou paralisado por não saber se aquela sombra sobre a névoa era uma pessoa real, ou apenas mais algum truque de sua fértil imaginação… _ Ei, você! ele tentou chamar a atenção dela, porém a sombra não se movia… _ Você! Você aí! Você é real?!… a névoa deslizava fina pelo ambiente e fazia truques com as nossas mentes… ele a viu mexendo a cabeça e respondendo: _ Sim, ainda estou aqui…