

“Está dentro da cabeça, debaixo de um chapéu, qualquer um, a viagem está livre ali…”
Delírio da pele, gostar se sentir dor, saber que o machucado era uma sombra de uma flor… água, um movimento constante de vida, fluida e diluída, em gotas, em células e partículas… vapores que passam tão rápido que perdemos em um piscar, e quando os olhos se abrem, se pergunta, o que estou sonhando?!… explosão… mar…
Está no papel, em um caderno estiloso desses com as páginas amarelas e uma fita de cetim para marcar… cada vez que passa um traço, cada vez que solta a mão, o que importa, desenha, rabisca, seu estilo, feito com coração… “não é um artista de alma?!” Seria essa a questão; e quando se faz o que gosta, solta tudo o que sente, libera os músculos e o sorriso, olhos cintilam e os movimentos, dançam com o lápis na mão…