Não era para ser um desespero ou algo como um ataque apocalíptico de seres infernais para acabar com tudo o que havia de ruim e arrastar os que são bons acreditando cada um em suas crenças e… não, não era bem assim e nem nada disso… muitas risadas… o nível de loucura vem acentuado pelo coletivo social, estavam naquela praça e exatamente naquele momento em que sombras de árvores, casais romantizados, cães de pelúcia, areia fofa… em uma cidade de concreto onde estaria o coração de quem ama o mar… estava acabando de escrever esse livro ou pelo menos parte dele, uma boa parte ele pensara… até o próximo… Hmmm seria cretinice da minha parte né… boa noite!
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Ser Humano…
Eram dias sem nenhuma rotina para seguir… podia acordar a qualquer hora, e fazer o que tivesse afim. O único porém era quando pensava naquele infeliz que colocou uma cerca num terreno qualquer e chamou de seu. O fato de ter que trabalhar para ter dinheiro para comer e dormir… e quando pensa que há muito tempo atrás a curiosidade importava num planeta tão rico de natureza, como alguém poderia ter e querer só para si, o que estava para todos. Acho humildemente que nesse ponto a espécie humana falhou…
Uma Viagem…
E então estávamos nos últimos dias de mais um ano… e a curiosidade da vida era que tudo continuava igual, com os mesmos desesperos e alucinações sobre uma realidade falsa criada pelos próprios humanos para coibir outros seres humanos… uma loucura não acham… e ele iria continuar acendendo outro baseado, escrevendo outros contos, criando suas próprias realidades, muitas delas utópicas e infantis, segundo a maioria dos “adultos” que ele encontrava pelo caminho. Sempre percebendo essas noções diferentes de uma sociedade massacrada de conceitos e regras que não colocam a “humanidade” como prioridade dentro de um mundo com a maioria dessa espécie como dominante, se dizendo boazinha por que criou reservas para os animais em extinção ou para os “humanos selvagens”… Nem pensou em enviar cartões postais ou e-mails, ou mais tecnológico ainda com os apps de comunicação instantânea, nem quis escrever um poema de amor ao natal, minúsculo pois de verdade o que isso importa… Iria viajar novamente, a estrada que ligava ao tudo, conhecimentos diversos, culturas infinitas, amores vívidos, paisagens homéricas, curiosidades de um aprendizado naquilo que ninguém imagina que você sabe, ou conhece, ou está aprendendo, sem entender um porque e te olham perguntando, é você… e sim, segue em frente, e mais uma vez com aquele sorriso de lado, deixou o óculos sobre o livro e olhou para ela deitada na rede… e aquilo fazia um tantão de sentido…
Aflorar o Mundo!
Aflorar o mundo e levar muita arte linda para todos!!! @aflorar_omundo Venha conhecer a gente! =)
Acasos…
E então diante daquela janela o sol vinha de mansinho e ele pegou-se pensando, é isso, é realmente e só isso… Além de não fazer o menor sentido para nada, ele olhou para o céu e estardalhou sua loucura… a luz que entrava na verdade era de um poste. Ah, as doces ilusões; são tão simples, e nossos sentidos, esses em que confiamos tanto para nos manter vivos nessa aventura toda, nos pregam peças ilusórias incríveis.
Era por uma escolha, consciente e de adulto, como manda o roteiro, portanto vamos seguir isso numa boa… Não funciona bem assim, lidar com sentimentos é algo que transforma, às vezes para o bem, às vezes para algo que você pensa, sério isso programadores, a vontade era de xingar os piores palavrões para esses caras de energia que provavelmente escreviam os códigos bizarros para nos fazer passar por esses jogos torturantes por um período de uns oitenta anos, era uma média.
Para cada pessoa, duas faces de partida… a maioria delas acreditava estar sendo livre assim, e seguiam e seguiam… Após algum tempo não importava a face que se escolhia, a merda tava feita, e o efeito era tipo daquelas ideias surreais de uma borboleta que bate asas na Austrália provocar um furacão na Califórnia… E ficava mais difícil escolher entre qual face… pois as duas, aiai… Sabia-se que não havia escapatória, ou apenas uma, aquela que todos fogem usando seus produtos rejuvenecedores, se alimentando de frutas de nomes esquisitos, fazendo ginásticas alternativas, e quando chegavam aos oitenta falavam que gostariam de ter trabalhado menos… Ele olhou para aquela frase e chegou à ideia de que aquilo fazia muito sentido…
Ele deu um bom dia para o sol… dessa vez era ele mesmo… com aves piando de todas as maneiras, uma leve brisa (ele pensou de novo com saudade do mar) balançando com carinho as folhas nas poucas árvores… nuvens púrpuras pintavam o céu e ele tentava encontrar aqueles bichinhos clichês, não havia nenhum. Apagou o cigarro amassando num canto da mesa e foi tomar uma ducha. Era por volta das sete horas da manhã, e ele não havia dormido nada…
Uma Fábula…
Esse conto fala daquele sujeito que queria muito se tornar um artista famoso, porém, as coisas saíram de um modo bem diferente do que ele imaginou quando resolveu seguir o conselho daquela estranha admiradora…
Não! Ele gritou alto inconformado. Bateu as mãos sobre a prancheta cheia de materiais diversos para pintura e desenho. Não! Isso não pode estar acontecendo. Ele estava desesperado e sua expressão era de total pavor. Suava frio enquanto ia de um lado para o outro, derrubando algumas coisas pelo chão, como se estivesse procurando, contudo não encontrando nada específico. Espalhou tantos papéis pelo chão que o quarto ficou todo coberto de “branco riscado”. A vontade, se você perder sua vontade, ele lembrava o que a maldita havia lhe dito, sua força acabará para sempre e jamais será capaz de produzir qualquer tipo de arte. Seria a pior de todas as maldições para ele; e o medo de isso estar acontecendo de verdade e não poder fazer nada para impedir… Sua mente rodopiava buscando entender o que se passava consigo, aquela agonia rasgando e crescendo em suas entranhas, e ele não conseguia se controlar. Isso não faz sentido, com a paixão, diminuímos o êxtase para canalizar a energia em apenas um foco, o outro ou algo. E quando não temos isso, o que nos prende, limita… Talvez o medo da crítica, algo que ele havia superado havia algum tempo, aprendido a duras penas, ele se lembrava com um sorrisinho irônico… Agora criticam a forma alienada com que ele gostava de contar suas histórias, escrever de uma forma que incomodava, que obrigava o leitor a reler caso não tivesse prestado realmente atenção, pois além do embaraço de usar uma escrita para lá de coloquial, com um jeito tão estranho de descrever como se estivesse conversando com seu público, porém sem se importar na forma, era como sempre Arte. E estavam nas entrelinhas onde ele gostava de deixar suas pistas, de histórias que se completavam com suas ilustrações. Contudo ele havia cometido o crime que lhe tiraria o que ele considerava sua razão de vida.
A mulher que se encontrava no salão era realmente atraente. Usava um vestido com leves pontos brilhantes combinando com sua maquilagem que lhe realçava ainda mais a sua beleza. Por dentro também era muito bela, de uma inteligência sedutora e uma mente astuciosa, a senhorita Ardolli lhe explicou com muito cuidado, que com o que oferecera ao nosso querido protagonista, ele seria o artista mais famoso e rico de toda história humana, o que era algo muito valioso para algumas nobres pessoas, já que na maioria da biografia geral os artistas só ficam famosos após deitarem de vez sobre o leito escuro e ele estava no auge dos seus trinta e poucos anos, e queria continuar vivo! Ela brincava com os dedos sobre a taça de champanhe, uma câmera girava mostrando todo o ambiente, iluminado por lustres de design fino. Longas paredes brancas com enormes telas mostravam diversos estilos de pinturas e desenhos, com paisagens desconcertantes em temas absurdos que deixavam o público em um burburinho caloroso. Ele via tudo como uma cena de um filme, no centro ele conversava com a mesma mulher alta de longos cabelos negros. Ela estava falando algo bem baixo, como um sussurro em seu ouvido. Em seu delírio de artista a única regra para que ele tivesse todo sucesso desejado… Ele jamais poderia se apaixonar por outra pessoa, se apaixonar mais de algo que não fosse sua própria Arte, pois caso contrário, ele jamais conseguiria produzir novamente. Seria um eterno papel branco em sua mente. Ela abriu os braços e mostrou toda a beleza do glamour de um artista que vendia suas telas para celebridades e pessoas influentes mundo afora. Ele estava maravilhado, cego e enebriado pela vontade, e assinou com sangue o contrato da bruxa…
(Acho que continua… 😉 )
Amor Escolhido…
E ainda que ele acreditasse na liberdade de se escolher (não a si próprio, mas a sua escolha mesmo), aquilo que se quer fazer no momento em que se quer fazer… Vestia bermudas de praia para combinar com aquele calor torrencial que fazia as três horas da tarde, sabendo na verdade que não era, que ninguém sabia ao certo o horário, de fato daquilo que está rolando naquele instante… É, hoje ele estava inspirado, começou pesado e era para confundir logo de saída, e ela estava sentada vestindo uma roupa solta que a deixava nua, combinando também com o sol amarelo. Esse conto tinha uma ideia a principio que se perdeu pelo nível de loucura entre os dois. Vocês já tiveram aquela pessoa amiga do lado que é tipo você com pouquíssimas distinções nos gostos comuns, e é claro, o óbvio um é o macho e outro é a fêmea dessa espécie super estranha, porém tão curiosa, seres humanos… E essa atração sempre bem resolvida com diálogo, essa é a grande vantagem de se relacionar com uma pessoa amiga de uma forma além daquela que as pessoas normalmente o fazem. Sem tabus, fora o fato de esses dois personagens estarem abertos as experiências, e procuram olhar-se reciprocamente, praticando sinceridade, humildade e empatia e deixando abertamente suas vontades e gostos. O acaso é que a necessidade de ambos os fez e os faz ficarem juntos. E eles gostam…
Fugindo com a Arte…
Essa curtinha fala de como em um ano doido, esquisito, com tantas notícias bizarras, acontecimentos enfadonhos em diversas áreas de uma sociedade que se diz civilizada e em constante evolução… Enfim, segue para cima e para frente, ainda bem que ela existe, que é a “Virtude” mais sagrada, uma que gerou diversas outras, a Arte!
Para ver mais artes surrealistas segue o instagram @periclesemr e divirtam-se! =D
Sensação Gostosa…
Essa curtinha fala sobre a gostosa sensação que temos no corpo logo que acordamos cedo pela manhã, no caso dele coisa raríssima de se acontecer, porém aproveitada sabiamente por se sentir como as flores, com aquela necessidade de fazer a fotossíntese, de absorver o calor do sol que chega delicado nos primeiros minutos matinais. Como estava hospedado na casa de uma amiga, e havia lá uma cachorrinha de porte médio de nome Jujubinha, já devia estar ficando velhinha, lá pelos seus oito ou nove anos caninos, ele procurava passear com ela de vez em quando. Era muito bom, a bichinha aproveitava as gramas da praça, ainda tinha fôlego para correr e dar uns pulos. Ele se sentara na beirada cimentada, elevada de forma a acentuar a leve inclinação da rua, e que fora feita para margear as áreas verdes do local. Ali sentiu a brisa leve, o corpo quente por dentro e fresco por fora, a luz colorindo tudo e a cidade tomando vida com seus carros e barulhos diversos. Era um bom dia de quarta-feira e a vida continuava leve…
Em Contexto…
Por volta da uma hora da madrugada ele resolvera se sentar em frente aquela peça branca, um objeto que o atraia constantemente para que fosse ali desejado, acariciado, ofertado, apreciado, exibido com gosto, uma área de um gelo infinito, que podia ser preenchida conforme sua mente pudesse colocar tudo para fora, sem travas… Ele procurou ajeitar o corpo para que ela pudesse olhá-lo de frente. Ela era uma mulher muito atraente. Apesar da aparência mais jovem, o corpo magro, coberto por roupas despojadas e soltas, que deixavam suas curvas escondidas. Era algo sedutor de se olhar, como o tecido macio ajeitava-se ao corpo quando ela se mexia e depois fluía deslizando e criando outras formas, e acompanhar aquilo era algo hipnotizante. Ele estava se apaixonando por ela, a mulher de cabelos claros na altura dos ombros e em seu braço possuía flores lindas e espirradas como aquelas tintas assopradas pelo vento, com curvas e cores que pareciam se mover conforme ela se movia. Serei breve, ele alertou, sobre um todo que está conectado, e se você quer mesmo entender um porque de toda essa loucura, saiba que isso irá mexer com pessoas que não querem que a população mediana considerada normal conheça, pois são elas que movem a máquina inteira acreditando em uma coisa que não existe, em algo que não soluciona sua pergunta, e que parece mais uma fuga pelo seu conforto. A espécie se tornou obsoleta pela sua própria arrogância. Você quer continuar com isso, faça sua pergunta…
Ela estava sentada com a perna cruzada sobre o sofá aveludado. Soltava fumaça de seu baseado que dizia usar para algum tratamento de uma doença de um nome estranho e difícil de lembrar. Isso realmente não importava, era até um mote para inserir em um assunto muito mais amplo e complexo do que as pessoas estavam acostumadas a viver em suas vidas passageiras e cotidianas, enterrando seus mortos e chorando um sofrimento sem entendimento em uma sociedade saturada de terror. Não era para ser bonito, sei lá, gostoso, agradável, por que ser tão duro consigo mesmo, parece até odiar a humanidade… Esperou alguns segundos refletindo sobre aquilo que ouvira, ajustou o óculos sobre o nariz e pegou uma seda sobre a mesa. Ela soprou uma, duas bolhas brancas de fumaça. Os traços de seu rosto eram lindos, exóticos, um par de olhos grandes e expressivos, e ele gostava do jeito como ela os usava, fazendo caretas engraçadas combinadas com um nariz delicado sobre a boca pequena e jovial. Ele sorriu de lado. Olhou sobre os óculos e ela estava sorrindo de volta. Por que, ela começou, parou e pensou um pouco… Pode demorar para formular a pergunta ok, por que como tem que emendar todas as ideias, é possível que a mesma se torne mais complexa. Entende, tipo, maior em tamanho mesmo… Ele riu daquilo também. Os dois se divertiam muito juntos, isso era bem óbvio de se observar. O jeito que ela falava deixava ele abobado, os dois sentaram-se mais perto e continuaram a sua conversa delirante.
Pense bem, vou começar com uma ideia que acredito ser fácil, e daí continuamos está bom assim para você? Ela lhe perguntou e ele não se aguentava, cada gesto ou fala deixava-o tonto de vontade de beijá-la, porém se segurava pelo nome da amizade entre eles, longa e sincera. Muito bem, ele concordou, vamos começar por aqui mesmo, por que roteirizar, ou rotular uma ideia… Por que ter um caminho traçado e singular? Imposto às vezes como único e certo? No caso desse nosso papo, ela falou, é apenas para contextualizar nosso leitor, imagina, falarmos e falarmos, vai ficar parecendo que não estamos dizendo coisa nenhuma. Meio absurdo não acha. Ele deu mais risadas, ela acompanhou. Só de imaginar como a vida é, ele completou, e suas definições, dadas pela Ciência, pela Filosofia, e até pela Religião, ainda bem que nesse caso estamos falando das Virtudes. No entanto, parece que nossa espécie curte um problema sabe? Ele indagou sabendo já da resposta que ela iria dar. Temos uma sociedade pautada em um sistema enlouquecedor que um montão de gente critica, mas ninguém tem realmente a coragem de sair de casa e fazer a coisa positiva para mudar. É necessário entender seu individualismo, para contribuir para o todo coletivo humano, sair da zona de conforto e achar o “conforto” nos perrengues que irá passar, ou acreditará que a vida é aquela que passa em suas vistas no objeto retangular enfeitando a parede de sua sala.
Se beijaram longamente e a desculpa dada foi o “sapiotesão”. Não que fosse necessário desculpas para nada. Os dois eram adultos, solteiros, até então bem resolvidos sobre a situação que tinham, e queriam se aproveitar ao máximo, chegaram a conclusão que o por que não, tem a resposta de sim. Depois de uma longa e aguda noite de sexo, os dois continuaram aquele papo incomum, sobre como é ou o que é, emendando em outros tantos porquês e duvidas mil, ela lhe explicou a estupidez da Economia, talvez o elemento Neutro que pese infelizmente a favor dos Cavaleiros do Apocalipse. E continuou na ideia de que o quatro deles, considerado por muitos o pior, talvez por ser o final de “tudo”, a morte por assim dizer, nomeada Medicina. Era outra criação humana bizarra e com rituais e costumes para lá de estranhos, que diziam ter vindo de escolas milenares na Europa, onde senhores que compravam corpos de defuntos ou pegavam dos indigentes, se apresentavam em amplas salas circulares lembrando antigos teatros gregos, e ali os abriam com instrumentos disformes, explicavam para aqueles que eram considerados seus alunos sobre o corpo humano e suas funções, tudo de maneira básica e primitiva, porém primordial para evoluir a tal ciência, nesse caso em minúsculo pois não estamos tratando da Virtude …………………………………………………………………………………………….