aquele reencontro que jamais aconteceu conta essas histórias surreais de que tudo podia ter sido diferente… eram outros tempos em cidades distantes, eles haviam tido esses relacionamentos amistosos onde abraços, risadas e cumplicidade iam se aprofundando a medida que essas cenas iam ocorrendo… o aumento das horas em proporção aos anos, e a ideia de serem adultos, essas duas pessoas tiveram uma conexão carnal daquelas em que o ambiente fica roxo e laranja, em que explosões e universos são absorvidos e criados, em que suor e orgasmos são trocados por corpos lânguidos em lençóis dançantes…
– Eu pensei que havia sido um sonho!… ele olhava para ela, aquele ambiente claro com paredes em tábuas de madeiras lisas, um enorme tatame verde escuro e uma iluminação fraca e amarelada, ela estava na beira da porta, olhar ardente sobre ele, a boca começava a salivar de desejos, aquele reencontro tinha uma linha reta, única e tão poderosa que somente taurinos e escorpianos sabiam o significado real de serem inteiros e terem completudes entre si…
– Eu queria ver com os meus olhos! Ela disse indo até ele como uma gata, passos macios e lentos, olhares pegando fogo, a razão pedindo licença na mente dele… as cabeças se encontram, toques leves, cheiros no pescoço enquanto os corpos se rodopiam e se enlaçam, mais e mais cheiros no pescoço e ronrona para ela, sabe como é difícil suportar aqueles encantos que ela tem… – Eu não acreditei!… ela completou a fala no ouvido dele, e ele saltou para trás, arisco como um felino, quis vociferar porém a razão tomou o controle… ele soltou os braços… – E no que quis acreditar?… ele andou para o lado oposto, as janelas mostravam o brilho longe da cidade, a praia do outro lado e ele não se permitiu chorar…
– Eu preciso que você vá embora!… ele falou retornando seu corpo para onde ela estava… – Por favor!… ele pediu enquanto os olhos dela estavam arregalados e não podiam acreditar, tinha sido verdade… o que vivemos em qualquer momento, só é quando está acontecendo, depois, em memórias reluzentes escolhemos destinos diferentes para histórias que jamais irão acontecer… tentando mais um Fim… 🙂