Ele estava sentado em uma cadeira de balanço em uma pequena varanda, com uma cerca de bambu e muitas plantas; e ao seu lado, outra cadeira balançava… vazia…
Aquela chuva forte que havia paralisado a arte momentaneamente, estava ficando cada vez mais fraca, começava a cantarolar pingos em ritmos mais lentos e chocavam contra a grama que absorvia as loucuras dos pensamentos daquele nosso amigo… pensava e pensava…
ele tentava até fugir de seus pensamentos, contudo o coração o chamava atenção: “ei, estou aqui, gosto muito dela… e ela… bom, ela faz graça com a gente…”
era assim que ele se sentia, sabia que jamais iria ficar com ela, e mesmo assim, qualquer movimento sutil que ela fazia, mexia demais com sua mente, com seu coração, com seu ser inteiro… e ela havia apenas “cutucado” de forma escusa, em sua rede social, deixando ele grilado, afinal passara mais de um ano desde a última vez que se falaram… e mal se falavam anteriormente…
então ele teve coragem de procurá-la, iria fazer sua arte concretizar a comunicação, afinal, ela também era artista… uma rápida conversa, amistosa até, mas ele percebeu, aquilo tudo aguçava sua imaginação, ela iria brincar com seus sentimentos para sempre, e ela sabia que ele gostava de si, então ela podia aparecer e sumir, deixando ele mais e mais confuso, acreditando em um amor impossível…