“Assim é a Vida…”

eram 8 horas e 39 minutos da manhã, um sol clareava tudo, e ele podia sentir-se bem através das cortinas que “protegiam” aquelas fracas janelas… Alegria acordou com tudo e a surpresa no café da manhã, o deixou feliz para estourar a lata logo… já que os mantras eram para deixar o jubileu tomar conta com sorrisos sinceros desenhando os rostos…

átomos produziam lembranças de mudanças com variáveis espalhafatosas, ele pensava às vezes sobre isso, e em como sua vida veio mudando e o que cada mudança trouxe de acalentador e evolutivo para seu ser terreno… Alegria estava conversando com alguém, uma entidade que para ele existia, só a tinha perdido, negava, por histórias tristes de cicatrizes internas e externas, ele detestava a Dor…

então foi aí que ele percebeu com quem Alegria conversava tão afetuosamente; era com a Fé, que conseguiu visualizar as formas, as cores, as dimensões e bem óbvio, a importância daquele ser… lembrou-se de na terapia, em questão ao autocuidado, existem milhões de nós mesmos vivendo dentro de nossa carcaça, no que então reduziu-se para inteirar-nos, a Fé podia ser concluída quando, o emocional, o intelectual, o espiritual, o social e o físico estivessem em falta, e ela viria para o resgate no hoje, bastava senti-la…

“_ Se você tem Fé, se você acredita em alguma coisa em que se possa agarrar, e adivinha, pode ser você mesmo, seu trabalho, hobby ou lazer, o que goste de fazer, se tem Fé, se acredita…”, ele compreendia aquilo que ela falava, e seus olhos fitaram Alegria e Fé de mãos dadas por ele… sorrisos e lágrimas, mudanças e sossegos, água e terra, ciclos de existência…

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“Continuidades…”

e quando se está consciente de que em épocas volúveis de passagens rápidas demais para algumas emoções compreenderem e o corpo assimilar, sentir e se comportar, ao fato ou acontecimento em si, ele percebeu que seu físico e etéreo passavam constantemente pelas transições temporais em uma linha reta em curso com uma entidade descrita como o futuro…

agora meio percurso se foi, as lembranças que chegam, e chegam pesadas… ele pensava nela muitas vezes ao dia ainda… quase dois anos depois, o que ele e ela tiveram foi algo afobado, irônico, sem nenhuma base pessoal ou qualquer outra que importa, sei lá… ele estava solto por si, fases vividas depois, muito depois, quase 12 anos, entre um hiato de 13 anos passados de sua época atual, ele mudava novamente em busca do equilíbrio do seu eu de agora…

entre cigarros e algumas cervejas e água, sim, de preferência gelada, e se quiser por uma rodela de limão, por favor, não se acanhe, não… ele sorria e o mundo adiante perguntava, e agora?!… ele com aquele cerne assentado nas ideias, os raios iam tão rápido em seus neurônios, estes em pequenas explosões identificavam cada coisa que seu corpo devia fazer para executar bem as suas funções vitais, e então ele buscava o equilíbrio entre divagações sem saber o dia de sua passagem, mesmo que seja em um futuro equidistante, e o que fazer no presente enquanto está sendo um ser vivo…

alguns pontos que rolam positivamente é quando as duas partes, ele e ela se encontram e conseguem conversar e se ouvir, muito, entendendo as mensagens ditas por bocas similares, afinal sobre a definição de família, eram personagens “iguais e separados”, com muito sabor ao entendimento, e quando muito se esclarece, mais leve nos parece… alegria!

E Agora, Para Onde Foi?!…

sabe quando a festa está armada esperando o convidado e este nunca chega, passam horas e horas e ele não chega… e não é por que era uma pessoa sempre atrasada não, desta vez, algo além de qualquer força explicável por leis de física quântica ou naturezas interestelares, o plano não dera certo… e claro, deveria estar tudo bem, afinal, se é aqui e agora, importava sempre arrumar como comer e onde dormir… precisava que o trabalho desce certo, e sentia-se como os contos rasgados do velho Buk, passando por certas necessidades sem ter um emprego formal, estar ali na hora do batente e receber o que tem de receber por aquilo lá que se faça e se chama de trabalho… essa luta interna que ele nunca quer perder… ele já havia ganho algumas dessas, depois de passar por poucas e boas, só que agora tinha essa diferença de ter uma gordurinha a mais para segurar os dias de “vacas magras”, onde a estiagem era por pura besteira dele mesmo, não iria reclamar com ninguém que não consigo, para si em qualquer espelho…

quando o parágrafo vinha sem estar justificado, eram as estradas com suas curvas, voltas e retas, seguindo por entre paisagens garbosas e coloridas de verde… como rios descendo enlouquecidos para aquele encontro com o mar, as brincadeiras dele com alguns amigos por entre pedras arredondadas e águas lisas… era por que havia perdido a direção, ou não fez todas as previsões, na real essa não tinha como saber, e ele estava ali, entre um limite que quase nunca gostou, o de decidir logo para a perda ser mínima… era o justo momento de quebrar então todas as falésias de suas escritas, suas críticas enlaçadas de negar a si mesmo as delícias das palavras consideradas sujas para os pudicos, de não saber lidar com energias que não entende, e como é que faz então!? ele se perguntava coçando a cabeça, e por que não é escrever a palavra “diabo” que faz a coisa ser ruim… é a energia que você coloca nisso, nelas, nas palavras, por que se fala “amor” e não pratica (o amor), dá igual…

Planejar… Uma Conversa com o Universo!…

Não volta, não volta, a gente não volta, o passado já se foi, e muita gente não tem… Volta…

365 dias rodando sem parar, é a Terra que está girando e a gente aqui dentro que está pirando… é então… que o universo mostra o que quer, se passou sua saída, não está nada perdido… desvios e atalhos se encontrarão, a experiência te levará, significa que novos caminhos se… abrirão…

Plano a, plano b, plano c, plano d… quantos planos vão ser pra se estabelecer… vamos cantar todo alfabeto e no final continuaria tudo incerto… priorizar, focar, desenvolver e… planejar… caiu na mão do universo, ele rasgou todos os papéis, tocou todas as cordas ao mesmo tempo, não deu nem de pensar…

Parece loucura, é como se nos escravizássemos pelas escrituras… os horários estão marcados, os gados serão selados, uma fila de mil, sua cabeça vai explodir, chega desse horror é o que você pensa, vai pra poutaqueropareo!!!

Não volta, não volta, a gente não volta, o passado já se foi, e muita gente não tem… Volta…

Pensou e pensou e se cansou de planejar, se o universo quiser, é o que a energia mandar… claro que importa o caminho a seguir, porém deixe a mente aberta e o coração para sentir… precisa ter certeza, falar com clareza pra ele te escutar, o universo não é surdo, ele irá vibrar…

são tantas decisões com tantas opções, e um tempo único pra se usar, são tantos sentimentos, são tantas sensações para estar lá… no entanto, só com sabedoria… por que… o tempo vai… é… o tempo vai…

é, e isso vai acabar… o tempo vai… e isso vai acabar…

Vendo Além do Horizonte

em momentos de “baixa”, quando algumas necessidades se tornam prioridade para o alcance de algumas conquistas, chegamos àqueles pontos onde as escolhas devem ser feitas de um jeito tão carinhoso quanto cuidar de um filhote de gato necessitado de colo…

e o planejamento, bem, esse o universo dita através das energias qual caminho seguir… ele sabia disso em tese, as várias experiências pelas estradas mostravam que a lentidão não deve ser um assombro, e dias de chuva reservam uma calmaria que ajuda também a pensar…

no entanto, é quando o planejamento sai dos trilhos como um trem alucinado, que essa paciência quase de Buda deve sobressair, por que por mais que seja certo em um calendário de datas e horários, as energias mostram outras oportunidades, e se tem essa experiência, deve-se usar com muita tranquilidade…

ele então percebeu que talvez, pelas estradas que conectam cidades, e depois estados e países, então atravessamos fronteiras e os horizontes tão distantes se tornam frutos colhidos em beiras de rios… vislumbrava tanta coisa que se perdia em opções, contudo quando são mais certeiras, quando o mapa está recheado de predileções e as amizades que se tornaram família lhe fazem um convite…

Nasceu Gêmeo!

a alegria de ter vivido um estreitamento de laços, e estar concreto dentro de um objetivo que pode-se dizer que é algo que acalenta a alma, que ajuda com os dias fugazes, e dentro de toda agitação do mar, abraços e um amor único, que acalma… acalma por que é verdadeiro, é de vontade de ambas as partes, de algo inusitado, de uma vida desregrada e sem roteiro, sem saberem para onde estavam indo, de caminhos totalmente distintos e particulares, escolhas e opiniões, respeito e consciência… e a disposição era recíproca, de um ir e vir constante, de almas diferentes com escolhas próprias que se encontram por que querem manter esse vínculo lindo e transcendente, que nem ele nem ela às vezes se entendiam, no entanto juntos, conversando, papo reto, dentro do mar, vontades absurdas do sangue, corpo e alma, espíritos que nasceram juntos e irão seguir caminhos diferentes para o sempre, e como as estradas apolíneas, vão se encontrar de novo, abraços calorosos e verdadeiros, finalmente, ele a sentiu, e ela o sentiu, estavam inteiros, ou pelo menos os pedaços faziam melhor sentido, e juntos, nasceram gêmeos, uma ligação até os seus últimos dias por escolha mútua, e ele agradece a ela… “_ Não se preocupe irmã, estou bem!”

Momentos de “Gatisse!”

é de você estar em um lugar tão mágico e de uma energia tão louca, que em algum momento houve aquela confusão de pensamentos e corpos, de saber se aquilo era bom ou não… e não, não era, e não havia sido, apesar de um excelente encontro inicial entre eles… após, aquilo se tornou algo estranho, como um raio que te afasta do que mais gosta e você resolve se isolar para não ter que lidar com toda essa maluquice que pousava por ali, com pessoas diferentes, porém de vontades próximas, mas em uma disputa sem o menor sentido…

e daí se percebe que a “vibe” do lugar vai das pessoas com quem você está e se relaciona… então foi lógico que houveram momentos muito bons, daqueles que as risadas criavam o ambiente, que as palavras tomavam conta de todo o ser e nos faziam dançar, onde o mar era toda quietude e agitação ao mesmo tempo em que os encontros com a natureza eram ferozes e límpidos…

e houveram momentos de flertes e platonismos, de ver as mesmas pessoas todos os dias e os envolvimentos eram pelas ruas de pedra, pelas praias de areias macias, dentro do mar com pranchas de surf e em quiosques com suas garrafas de cerveja… ele sempre preferia o baseado, e ele teria a conhecido em algum momento, porém não se lembrava direito (para variar)… por que eram trocas de olhares, eram trocas de vontades, era de uma intensidade tão forte, que aquela tal energia em algum momento que se pensou confusa e até “ruim”, era muito melhor do que se imaginou… era uma energia boa pra caralho!

ela passou por ele e olhou-o de cima a baixo, olhos que percorreram todo seu corpo e depois encontrou os olhos dele e na sequencia seguiu seu caminho, e ele pensou sobre aquilo que ocorrera; e ela foi embora, de costas, um corpo lindo dançando pela calçada, e ele era um corpo lindo sendo despido e desejado por ela… a troca de energia foi carregada de tesão, vontades e excitação…

Curta Atemporal!

e quando percebemos um ano virou dez anos e passa tudo tão rápido, como se estivéssemos voando em uma nave desgovernada sem entender direito o que está rolando… ainda assim, é lindo né! Dez anos passam num piscar de olhos, num estalar de dedos, e quando se percebe está chegando o tempo final, aquele encontro jamais negado e que não sabemos quando irá acontecer, no entanto queremos que demore sempre mais alguns anos… para aproveitarmos mais, ou tentar entender mesmo o que rola; ou não, só segue a viagem todos esses anos adentro curtindo o presente do dia; “presente!”

Poema do Agradecimento

estavam conversando e fumando um baseado e rindo muito lembrando de histórias passadas e entusiasmados entre si pelos planos futuros, e se conscientizando do momento presente onde estavam ali, trocando juras de amor e fluidos corporais com muito tesão… e ela teve essa ideia de fazerem como se fosse uma reza, um mantra, podem chamar do que quiser, para agradecerem a tudo isso, e ele chamou de poema…

_ Eu agradeço pela vida, por tudo que vivi até hoje, eu sou muito grato!

_ Eu agradeço pelo nosso encontro, eu sou muito grata!

_ Eu agradeço pelo nosso encontro ter sido no litoral, na praia, dentro do mar…

Risadas!

_ Eu agradeço pelo seu suporte, por me aceitar!

_ Eu agradeço pela sua paciência, por me ouvir!

_ Eu agradeço pelas oportunidades que me dei, e que nós estamos nos dando!

_ Eu agradeço pelo seu abraço, seu carinho, esse início de sentimento de amor!

_ Eu agradeço a gente por nos dar então, essa oportunidade e com a idade em que nos encontramos, por amar novamente!

_ Eu agradeço por você gostar de cozinhar, por que sou preguiçosa!

_ Ei! Eu também sou preguiçoso!

mais risadas…

_ Eu agradeço por você ser delicioso na cama, e fora dela também! Hahaha

muitas risadas

_ Eu agradeço pelo seu beijo lento, pelo seu cuidado comigo!

ele segurou as mãos dela com determinação…

_ Eu agradeço à você!

_ E eu, à você!

Mancha no Raio X…

_ Será que algum dia você conseguirá esquecê-la?… ela perguntou enquanto fazia cafuné nele, que se encontrava deitado em seu colo; ela e ele estavam nus em um sofá coberto por uma manta de tricô colorida.

_ Gostaria de não sentir mais nenhuma dor… ele respondeu… _ Uma vez fui em uma médica, clinica geral era sua especialidade. Havia se passado pouco mais de um ano que eu quebrara a costela. Ou as… Dá para entender, eu sempre fui cuidadoso com o meu corpo, sempre evitei a dor, por que na verdade, é a coisa que mais odeio da criação de toda a vida; odeio a dor. E irei senti-la para sempre, como se fosse um aviso, uma maldição; como se fosse algo para eu saber, e sei lá… ele ajeitou o corpo ficando de lado, do lado onde não doía… _ Essa médica me disse que para minimizar, eu teria que estar magro, assim, meus músculos gordos não puxariam a costela… ele fez um carinho no queixo dela com a mão direita…

_ Você… ela parou de falar e pensou um pouco antes de continuar a pergunta… _ Ainda gosta dela?… ela devolveu o carinho fazendo um remelexo na barba dele…

_ Eu não sei quantas costelas eu quebrei, na verdade, no raio x não deu para ver, os ossos se calcificam rápido. Nosso corpo, é uma máquina forte de recuperação, não quer morrer. As células, o sangue que corre, tudo, afinal… ele levantou o corpo e sentou-se bem próximo à ela… _ Uma vez li, ou ouvi, sei lá, não tenho me lembrado bem das coisas, minha mente me confunde muito; de qualquer forma, nosso corpo é perfeito demais, e ele vai se recuperar para então… _ ele deu um suspiro profundo e terminou a frase colocando as duas mãos no rosto dela… _ … Morte!”… ficaram se olhando de um jeito que parecia o infinito… _ O corpo morre quando todas as células e suas funções estiverem trabalhando no máximo, no ápice da perfeição dessa máquina de carne, ossos e tudo mais, daí nesse momento, a morte ocorre por que tudo cumpriu sua função… ele concluiu…

_ Ela é a pessoa que você mais amou? Mais… ela parou a pergunta no caminho…

_ Não!… ele respondeu apressadamente e pausou… _ Não, sei!… aquele momento de silêncio que dura um segundo e parece uma eternidade de constrangimento…

_ Desculpa, eu não devia… ela estava no meio da frase…

_Não! Não me peça desculpas! Nunca… ele colocou um dedo sobre os lábios dela… ela deu um leve beijo nele…

_ Ela foi a pessoa pela qual minha entrega foi tão absoluta; tão absurda; tão intensa e tão… ele olhava para ela nos olhos e estava sendo sincero consigo mesmo… _ intima. Foi a pessoa a quem eu entreguei a minha intimidade. Não havia vergonha. Medo. Covardia. Nada disso. Eu estava inteiro para ela, me entreguei para valer. Acreditei muito no meu amor. Mas sabe… ele parou por um segundo sem desviar o olhar dela… e ela o acompanhava…

_ Acho que ela não quis; não me queria de verdade. Éramos amigos, tínhamos muitas coisas em comum, muitos gostos em comum. Mas era nítido que ela brigava consigo mesma para não me amar… de novo o conto desviou para outro tipo de enredo, as lembranças talvez fossem mais doloridas, porém mais suportáveis do que as memórias gravadas em suas costelas… _ Eu creio que eu não soube administrar meus sentimentos por ela, confundindo-se com o amor de ontem, hoje nós não temos nem mesmo uma amizade… _ Eu não quero colocar nenhum peso sobre o que eu e você estamos tendo, nenhuma obrigação ou preocupação… ele parou relutante…

_ Me faça esse pedido!… ela respondeu abraçando-o tão forte que pôde sentir seus seios e mamilos fundindo-se com o peito e os mamilos dele… _ Me pergunta, pois você já sabe a resposta; eu te quero!

_ Me ajuda a esquecer?!… lágrimas rolavam de seus olhos enquanto ela o beijava carinhosamente por todo o rosto…

mais um FIM?!

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