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Tag: Livro
A tendência às mudanças
Estava sentado no ônibus quando sentiu aquela sensação de leveza na barriga. A mutabilidade humana é algo maravilhoso, seja quem você quiser ser, sendo! Tentou dormir mas não conseguiu, a apresentação do motorista lhe tirou o sossego. E com aquela única bolinha dada do lado de fora da rodoviária, sua mente mostrava tsunamis, maremotos e coisas aleatórias voando em uma nuvem espessa e confusa de várias coisas. Aquela sensação de que está tendo mais oportunidades. Então viu flores de diversas formas. E o cheiro era muito bom. E também não estava mais com medo. Entendia a responsabilidade do fazer, tinha essa necessidade. Essa loucura. Lembrava de certas coisas que não queria e policiava esses pensamentos. Se obrigava a pensar em outra situação, desviava como quando numa estrada você percebe a pista livre, sinaliza e faz uma ultrapassagem linda, com muita classe. Ainda bem que existe a arte, ela te direciona para algo bom, elimina os desejos desnecessários, atende a plenitude do prazer.
Esse desejo incontrolável, ela disse palavras obcenas para o futuro, de como fariam sexo naturalmente, pois essa curiosidade vinha crescendo e anos após anos, o que vocês já se provocaram e colocaram a atenção sobre seus próprios interesses mútuos, fora serem engraçados e bons de papo um com o outro, risadas mil. O sexo, seria como prometido? A curiosidade com o gostar, faria frente a bagagem vivida? De verdade, só fazendo para saber. Como qualquer outra coisa, como qualquer outra experiência. E os dias seguiram assim, entusiasmados.
Você trabalha, você vai ao bar, você brinca com os filhos, você fuma um cigarro assistindo qualquer besteira na televisão. Você sente emoção de estar vivo, ou melhor, ter a oportunidade que até então me parece única, de fazer coisas, aprender sobre muitas coisas, de compartilhar tantas outras, sente isso? É claro que as coisas começam a se encaixar, ou pelo menos você acredita nisso, e toma coragem. Dá aquela tragada que lhe leva ao universo, enche o peito e a mente, de uma vez, você vê aquele lilás forte brilhando em seus olhos, as explosões pequeninas de branco e a forma vai surgindo, espiralada, esfumaçada, e linda. Muito linda. A boca molhada, o cheiro forte do desejo, a pele sua devagar e ela sente frio e tesão, o cérebro ama quente e frio ao mesmo tempo, é como um choque, só que de muito êxtase.
No outro dia pouco importa, não acordamos para ele ainda, então, ele deixou a caneta ao lado da xícara, acendeu outro cigarro e esticou as pernas sobre a bancada. Apertou o play no celular e o filme começou a passar pelo pequeno projetor até atingir a parede branca e deixar o ambiente com cara de cinema. Um sorriso de canto da boca e a fumaça preenchendo o ar. Ele agradeceu e fim.
A Força
Força para seguir, força para continuar, força para fazer e refazer, força para acreditar, força para todas as vezes que forem precisas ser…
E começa o…
Sim, é mais fácil quando você está mais de boa sabe, quando a sua mente está liberada. Você então pode curtir aquele som, às vezes até dançar um pouco ajuda. De verdade o que é que importa?
Eles trocaram olhares novamente. O cara já estava ali a mais ou menos duas horas. Cara, é muito tempo para tanta coisa, duas horas sabe. E ele não veio falar comigo.
Fiquei pensando nas regras. Sociais. Outro dia li numa revista online que a gente caga do jeito errado. Que a privada deveria ter outro formato para assentarmos. Dá para acreditar e pior, faz tanto sentido. No meu celular recebi notícias de que o mundo está louco, era o resumo de tudo o que aparecia ali entre guerras, inflações, “ismos”, violências mil. Vai entender. Falei comigo mesmo que já havia pedido para excluirem meu email para que eu não recebesse mais novidades. Aliás tecnologia né. Ela é a causadora de tanta coisa ruim, mesmo sendo tão fabulosa. Explica você se comunicar com qualquer pessoa do mundo, de qualquer parte mesmo, pelo celular. Um programa que você vê o cara, e ele te vê. E o que vocês fazem, hmmm. Melhor não entrar nesse assunto agora. Ou ainda… Me fez lembrar das futilidades. Dos esportes ao trabalho, dos prazeres aos egoísmos, todos fúteis demais. Me lembrar de ter cuidado, e fico pensando sobre os assuntos proibidos. Tabus criados por nós mesmos, e que em algum lugar, sei lá, pode ser que já venha em nosso DNA, essa ridícula informação de espalhar as coisas sem sentido, ou que na vida real nos mostra outra maneira, inclusive realizada. Já teve aquela sensação bizarra de que o que te falaram não é verdade. Ou que, de fato são interpretadas e comunicadas conforme o interesse de uma minoria, que na boa, dá preguiça só de imaginar conversar com um desses caras, o quão chato e entediante devem ser. Pelo poder, ou por que acreditam que é isso, o seu sentido é… “poodeerrr!” Chega a ser engraçado.
Ela se ajeitou no banco e puxou um gole de seu drink pelo canudinho. Viu que ele estava andando em sua direção e pousou o copo fazendo uma jogada com o cabelo e cruzando as pernas. Não importava a idade, as mulheres, sempre sabem como dominar uma situação com o movimento do corpo. Ele sentou no banco de frente para ela.
Em momentos assim, um adjetivo que me vem a cabeça é coragem. Por que devemos tê-la, acredito que é o fato de precisarmos propagar a espécie. Sem essa coragem de aproximação entre os seres, não multiplicariamos por ai em tantas espécies… Então participe com suas emoções, verdadeiras, as que fazem você acreditar ser… você!
A Roda da Fortuna
É melhor se preparar para a estiagem… Ou enfrentá-la, o que é uma grande aventura também! 😉💻🎨 Alguns a chamam de roda do destino por conta das coisas cíclicas, com uma criança subindo pela roda e um velho descendo… Transporte isso para sua vida, e se você se identificar, é melhor parar o que está fazendo agora e vai fazer algo que te dê prazer, por que daqui a pouco acaba!
Elucubrações
Estava tomando um banho quando teve um delírio de ver o rosto da “Jennifer Aniston” gigantesco pintado de branco, em uma daquelas paredes vermelhinhas do Soho em NY. Havia um arco-íris enorme, acima da cabeça dela, também com tintas coloridas pingando… branco. Eu a observava de longe e ela achava aquilo engraçado e dava muitas risadas. Fiquei ali curioso olhando aquela cabeçona gigante piscar os olhos e mostrar os dentes, e de vez em quando colocava a língua para fora. E o arco-íris pingava branco para ela. E ela voltava a rir frenética, quando o líquido caia em sua língua. Fiquei pensando naquilo por um tempo enquanto tirava a espuma do sabão do corpo. Lutava o tempo inteiro contra a azia ou gastrite, não sabia bem o que era. Os pensamentos difíceis de dominar, querendo ter uma brisa suave, porém os sons das vizinhanças sempre me deixavam assustado demais.
Adorava ter essas alucinações mentais, que me faziam viajar em coisas divertidas e até mesmo tranquilas. Essa eterna inconstância ou vontade, não sei definir. Para onde quer que os olhos direcionem, não importa. Uma vez um amigo me perguntou sobre essa ideia de fluir. Ele ficava fodido com aquilo, não compreendia, não sei se por que não era da região, portanto não entendia alguns costumes do linguajar, ou se não entendia mesmo sobre o significado de fluência. Uma outra vez, sobrevoando o rio Amazonas indo em direção a Colômbia, percebi que ele, o rio, estava serpenteando boa parte de todo aquele grande mar verde de plantas e folhas. Era lindo. Mas enlouquecedor. Entender o tamanho daquilo, e perceber nosso tamanho enquanto espécie humana. Fluir como o rio. Poder se dividir, poder se entrecortar; no entanto ele segue uma direção apenas. Ele procura algo maior, algo que não os misturam completamente, e causam uma belíssima apresentação de choques das águas. E ainda assim continua fluindo. É fluência. Algo que precisamos praticar mais, entende.
Havia parado de fumar. Aliás nunca me considerei um fumante assíduo. Mesmo assim eram nesses papos onde a vontade de fumar vinha forte. Dizem que algo só acontece quando você percebe. Se isso é verdade, então estamos vivendo como personagens mesmo de vídeo-game.
Uma ideia da Capa…
Em breve o e-book do Livro Contos Curtos da Vida Lá Fora! 😉
O Eremita
E uma boa noite!
Preparando…
Tá em produção, aquela montagem básica de arquivos de textos e ilustrações que se completam… Contos Curtos da Vida Lá Fora em e-book vindo aí!