Poema da Constelação…

é quando lágrimas verdadeiras escorrem de seu rosto

e dali se emerge a gratidão

um entendimento único de que são lágrimas de alegria

prontas para dançar juntas com esse sorriso que é único

e sincero…

é quando você se levanta da cama e sente ao acordar

o que te motiva, o que te leva, o que te acalenta e o que te incendeia

é o que está pronto para viver, agradecendo sempre e honrando sempre

e é o seu caminho… com respeito aos pais, família ou quem quer que seja

buscando sua própria individualidade, sendo você e suas escolhas

sendo você e seus desejos e fazendo acontecer

a motivação de sair da cama, e sentir e sentir

por que a vida é tão pouca e rápida, e quando se percebe esse tempinho ínfimo…

tem que valer a pena, faça valer a pena,

deixe essas lágrimas cobrirem seu rosto…

deixe essa alegria tomar conta…

faça sua história ser bela para as pessoas que irão lembrar de você

saberão que esteve aqui alguém que valeu a pena conhecer

por que a caminhada, apesar de as vezes dura, pode ser recompensadora…

sempre…

e macia, basta estar com alegria… e agradeça!

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Fazendo Amor…

me fode… fode… fode…fode… ela era uma baiana linda, com os cabelos escuros e escorridos, como uma indígena; o corpo esbelto, as pernas abertas e aquela fúria sexual pedindo por mais enquanto ele tentava se movimentar no ritmo da fala dela, os ossos batendo pelo prazer…

_ Não, para! Espera!… ela o cortou no meio da escrita… _ Você vai apelar?! Vai fazer como os adolescentes que usam “Wattpad” para ganhar mais seguidores e… _ Opa!… ele roubou um beijo dela para que ela não continuasse com aquilo… risadas… _ De jeito nenhum! Você sabia que das poucas certezas que nós temos na vida, do que irá nos acontecer, e olha que são bem poucas mesmo, é tipo, acordar, sentir fome, querer dormir, caminhar, e claro, morrer… ele deu uma bela e longa pitada no baseado… _ O sexo é uma dessas… _ Opa!…

dessa vez tinha sido ela, pulou sobre ele e o beijou demoradamente… _ Você acha que tem alguém que não faça sexo? ela perguntou ingenuamente… ele olhou para cima acompanhando a fumacinha que subia da ponta do beque… _ Existem milhões de maneiras de fazê-lo, infelizmente existem maneiras ruins; e ainda bem, as boas maneiras… ele ajeitou a cabeça no colo dela, recebendo um delicado cafuné… – Mas creio que não haja ninguém no planeta inteiro, que não faça, ou que não fará sexo, pelo menos uma vez na vida, e consigo mesmo… ele pausou…

_ E pode ter certeza, seja na masturbação ou com alguém, outra pessoa sei lá, quando é feito com a troca total, com a entrega da pele e dos sentimentos, quando há cumplicidade e aquele diálogo que vai além de palavras e sentidos, quando os olhares se cruzam e acreditamos que o sentimento é o AMOR, então, é talvez, o melhor tipo de sexo que exista… ela continuou falando sobre sexo…

_ A não ser que a pessoa tome banho olhando para cima, sem se tocar direito por que tem vergonha do próprio corpo!… ela completou, com muitas risadas!

Poema da Despedida…

sem sono, sem medo, qual é o seu segredo?… estar viva e disposta, vamos pagar essa aposta… concentrar na mente subconsciente, e trazer seu novo eu… seja honesta consigo mesma e conseguirá atingir seu apogeu… agora é a hora, um momento de encanto, sopra uma brisa tão sensível, todas as nossas células funcionando como uma usina afora…

poema sem rima, escrita na raiz, quem acompanha sabe o que o autor sempre diz… se é com alegria e com paz, que sua vida vai seguir, preste atenção nas suas escolhas… trabalho, lazer, meditação e presença, é assim que se faz…

quais são as regras que devemos seguir, todas foram criadas por pessoas como você… como eu… como qualquer um que vive por aí… se escolhemos entrar na fila, é por consequência da inércia, e podemos mudar isso com dança e música, basta escolher positivamente, abrir a mente, se tornar consciente, trazer lá de dentro, do fundo do seu ser, e aí se perder, e em algum lugar, lindo e mágico, se reencontrar, quantas vezes forem precisos… é a hora de navegar…

é ir além dos seus sonhos, é buscar a realização, concretizar seus objetivos lhe trará essa satisfação… sensação… de que valeu a pena, esse tempinho tão curto, rápido e doce… encontros com pessoas lindas de histórias entusiasmadas, o que foi ontem já foi, e amanhã não temos tanta certeza, trocam-se olhares de cumplicidade, valeu a pena, o que o presente nos deu, viver ao seu lado, só gratidão e proeza!…

“Recortes…”

foi como se tivesse sido um sonho, ele estava esparramado na cama ainda, lençóis mostravam uma noite agitada, e o perfume que ele sentia, era intenso e envolvente… o café o trouxe de volta à realidade, apesar de incomum, também pagava suas contas, de um modo ou de outro, um tanto diferente dos demais…

“por que o olhar dela brilhava tanto?!”… a balançadinha das pernas finas e cumpridas, disfarçando uma pessoa “magra”… ele assim imaginava por saber que quando a via nua, não entendia de onde saiam tantas curvas… eram as nuvens reluzentes que emolduravam sua pele…

e se realmente a Terra está girando a uma velocidade que calculamos, e imaginamos que possa ser isso, porém, pergunta para uma cientista, olhe nos olhos dessa pessoa e conecte-se as profundezas… ninguém sabe de verdade o que é e o que está acontecendo… e se não tivesse sido inventado o trabalho, talvez nem mesmo pensássemos sobre o “à toa”…

…sobre ele e ela e a praça em que estão, e tem esses tons contrastando com árvores frondosas enquadradas pelas poucas nuvens brancas pulsando em um céu azul… todos os azuis ao mesmo tempo formam esse…

vidas passam e continuam dentro de seus espaços e uma música toma conta do ambiente, e é uma praça aberta, com espaço pra tanta coisa bacana acontecer… deixe a arte fluir… tem diversos espaços abertos e ele foi direção a música e começou a dançar…

Muitas risadas são compartilhadas e algumas pessoas que estão ali naquela roda batem palmas em largos dentes gargalhando, tramitação total de alegrias… claro que há pessoas que acham estranho, pensem só isso, dançando nus em uma praça… ela pergunta: “_ E vocês não ouvem suas músicas?”…

Aqueles pendentes que balançam para o lado e o sol aparece pra completar uma manhã de ventos leves, aquele calor e frio misturados em sensações coloridas dentro e fora do corpo… gostava de respirar e sentir o vento entrando pelas narinas e enchendo seus pulmões… sentiu amor por ela, e ela por ele… FIM

“O Espaço do Sonho… do Espaço…”

sete dias se passaram e na verdade em uma conversa íntima entre essas duas pessoas, personagens constantes das vidas rotineiras, abordando as passagens do tempo, sua velocidade, sua aproximação com o finito, preocupações que fazem parte de uma vida inteira; costuradas com estampas que não combinam… a impotência de lidar com outros momentos, que não apenas o presente, e a mente, mente, e nos fazem perder o pouco que nos resta, pois pelo que se parece, não se presta muita atenção a velocidade em que tudo o que aconteceu, e então, passou…

os pensamentos que vivem a voar, estão tão longe às vezes que esquecemos de aproveitar, o seu dia havia sido maravilhoso e ele estava grato por tudo aquilo, porém, e principalmente, pela atitude, a coragem de mudar, de fazer algo diferente de novo, de voltar a sentir a profusão de existência que há por aí, e aproveitar disso tudo, e se deixar ser aproveitado também, ondas de frequências iguais voam pelo espaço infinito, iguais…

é por conta das entrelinhas, os pensamentos que ficam ali manipulando o ambiente todo e a gente demora a se conectar com o que importa para si de verdade, no caso dele, eram lápis de cores, praia, viajar, sorrisos, não necessariamente nessa ordem, e, então, criar esse foco, esse delírio do objetivo que nos leva a uma prática insana de fazer o que gosta e sentir a vida passar, ao invés de só vê-la pela Netflix e Amazon, pouco importa…

como será seu nome? estava ele ali feliz, arrumando aquela velha Kombi para rodar… novamente engoliria as estradas por que aos 15 anos se lembrava disso, quando lhe perguntaram sobre o que ele gostaria de fazer na vida, e isso geralmente se refere a trabalho, ele respondeu que iria viver de viajar!… só que naquele momento, idos dos anos 1990, ele nem imaginava o hoje, como ele seria no futuro, e agora sim, que ele pode se lembrar do passado, em algumas coisas ele se confronta e sorri, frente a frente, esses dois personagens se cumprimentam e se agradecem, apesar de na maioria das vezes parecerem perdidos, eles seguem realizando seus sonhos…

“Experiências na Terra…”

_ Então… espera! – ele estava com os braços esticados e as palmas das mãos viradas para ela como se pedindo um tempo pra tentar entender aquela ideia…

_ Você está me dizendo que estamos vivendo, o presente, o passado e o futuro, tudo ao mesmo tempo e agora, e que nós só não percebemos e não compreendemos por que o tempo em que vivemos é para nós, linear para frente… em linha reta… fazia uma expressão engraçada com a boca e mexia o corpo como uma serpente dançando…

… do filme “A Vida é Agora”, “_ A vida é curta demais para vírgulas, diz a personagem Emma Payge interpretada por Tiffany Haddish, é uma sentença muito boa para entendermos sobre a velhice, como estamos ficando velhos, quando é que nos tornamos velhos, quando no corpo ainda se reflete jovialidade e boa energia… ou a falta de disposição… ele levou um pedaço de bolo de cenoura com calda de chocolate à boca e deliciou-se… ela adorava o jeito como eram pessoas soltas um para o outro, mostrando mais do que aquele físico ou os pensamentos trocados apenas em olhares… essas duas pessoas eram uma intimidade coreografada pela conjunção astral de suas células…

_ Quantas vezes você parou de pensar, agiu e… ela piscou antes e depois de bebericar o chá de hortelã e mel, pegando na mão dele e sentindo arrepios pela pele… _ … realizou seus sonhos… o beijo saiu leve e fugaz, rodopios com o corpo e movimentos espalhafatosos a deixavam curiosa, sem compreender, como podia existir um ser assim… _ Você me confunde!… ela exclamava… _ Você gosta… ele segurou as mãos dela… _ … das incertezas? Por que é isso que vivemos; só vamos saber de uma coisa, quando ela acontece, até lá, estamos só imaginando, pensando, cogitando, sei lá, o que pode vir ou o que poderia… ser no agora!

Poema das Solicitudes

acordar todos os dias

e viver quaisquer experiências

todas elas criadas por seu próprio ser,

que ao amanhecer

nascer,

renascer,

quando nas 24 horas do presente

se vive o intangível, sentindo na pele

nas flores que crescem em nossas barrigas

arrepios de construção

células em movimento

de novo, nascimento…

crescimento…

a busca pela sua própria evolução,

partindo do princípio básico…

amar!

Passagens…

e é claro que é ótimo ter boas lembranças, sorrir com a memória de que boas situações foram vividas e pessoas queridas nas passagens da vida eram agraciadas entre si… contudo…

não dá para viver só disso, ou ficar nessa viagem de “ah, foi tão bom! Gostaria de viver isso de novo”… e adivinha só, não… nunca mais, é apenas uma vez e por mais que possa chegar perto de parecer e imaginarmos que é um deja vu, mas não é, cada segundo que foi para frente já foi, e então, tudo o que vive e sente é diferente, mesmo que as recordações daqueles sorrisos nos pareçam tão…

“familiar”…

“Atitudes…”

_ Talvez o blog deixe de ser .com… ele falava em um tom quase interno, encontrava-se sentado quase como sempre em um tapete felpudo, de cueca ajeitando o lugar para ela se sentar também… _ Essa questão do dinheiro… ele paralisou a frase quando sentiu o abraço dela… _ Parece que eu deixei um monte de coisas acontecerem e só fiquei ali, assistindo minha própria vida como um expectador sabe, olhando os carros, as pessoas, o trabalho, as compras e contas pagas, as dividas, as duvidas e o dissabor, apesar de saber que fiz um montão, procuro na memória quais as situações e me pego… perdido!… _ será que eu devia ter comprado um apê? o que é essa responsabilidade ou esse medo que a gente sente?… ele ia soltando as frases ao mesmo tempo em que vivia em uma sociedade em que uma IA podia conversar com você, e agora, no mundo real, você não saberá se é uma pessoa ou um robô…

_ Em um momento em que se encontra perdido, suas escolhas lhe parecem absurdas e o acumulo de erros fez suas contas aumentarem a ponto de você agora ficar sem saber qual o próximo passo para não cometer mais nenhum erro; tente ler tudo sem pausar, sem respirar… _ Você vai morrer!… ela estava deitada no colo dele, recebendo um cafuné lento e macio, e sorria levemente…

_ Até lá, essa coisa toda que você acha que perdeu, ou deixou para trás, ou fica aí vendo como se fosse um filme frustrado da sua vida… de joelhos as testas deles se encontravam e suas energias corriam envolta de seus corpos colorindo o espaço inteiro… _ Você sabe a resposta, essa é a vantagem da idade, da experiência, do tempo que correu, e a gente aprendeu, muita coisa! Imagina, como você que já venceu uma depressão, pode não vencer qualquer outra coisa?… sentada no colo dele com os braços circulando seu pescoço, ela possuía aquele sorriso gigante e delicioso, os cheiros se misturavam e ele e ela eram uma só pessoa, aquela que se “multiplica” sabendo de seus vários sentimentos, ações e reações…

_ Queria não ter pensamentos ruins!… ele estava com a cabeça baixa mexendo com o fio grosso do tapete como se fosse uma criancinha… _ Então nem levanta da cama, meu amigo!… ela jogava tinta em um quadro enorme, do tamanho de uma parede inteira, cores vibrantes dançando com as passagens de seu corpo…

Um Sonho Estranho…

… e aquela sensação estranha de não pertencer a lugar nenhum, foi embora junto com a vontade imensa de ir para a praia… de viajar e conhecer lugares… de novo… é um ciclo que ele começou a perceber ser muito rápido, se questionava o tempo inteiro pelas suas escolhas, onde elas o trouxeram, e agora um pouco mais velho, ele estava consciente que precisava e muito aprender a interpretar melhor seus instintos, e ler as entrelinhas do universo, mesmo que elas lhe pareçam um tanto… inusitadas, para não dizer outra coisa…

_ Não, não! Para, espera! ela o interrompeu agitando os braços e as mãos como uma dança moderna de rua, um leve sorriso e os cabelos castanhos que vinham no ombro provocavam-se ao movimento… ela era esguia, apesar de não ser alta, e os ossos de seus ombros sobressaltavam deixando-a com um estilo “desenhável”, segundo ele gostava de observar… olhava-a com tanta admiração, “uma arte viva”, ele pensava quieto, mirando-a com gosto, desejando sentir a união de suas energias, fluidos e choques elétricos… _ Sabemos quase nada sobre o tempo que só segue em frente concorda? Se ficar parado olhando somente o que fez e por que está assim agora, não irá mudar, se você não tomar uma atitude… ela complementou aproximando-se dele e sentando em seu colo de frente, com as pernas abertas sobre ele, e ele encaixando por baixo suas mãos segurando a bunda dela…

após acender um baseado, ele olhava para o teto branco e liso, com aquele lustre básico no meio… _ é tudo muito sem sentido quando ficamos só nesse pensar e pensar… ele baforou e continuou falando… _ tem esses pensadores, professores de história e filosofia, tem esses cientistas de robótica e tecnologias futurísticas, tem essas pessoas pagando suas contas e vivendo só para continuar girando um sistema criado para poucos desfrutarem do tempo com o sabor de senti-lo, e claro, tem essa gente que fala que não há nada aqui, que são divagações bobas, vazias, por que não há palavras bonitas ou complexas ou por que você não estudou quando mais jovem nas enciclopédias tradicionais; enquanto hoje há uma inteligência artificial “criando” os trabalhos escolares para vocês…

_ Hahahahaha!… ela soltou uma gargalhada enorme e muito alta, ele se encontrava agora sentado no chão ao lado dela, e os dois só usavam roupas intimas e o gato ronronava por ali também… ela colocou a mão direita no rosto dele e fez um carinho, seus olhos fixados em trocas sutis, suas vontades análogas e após um beijo leve e delicado ela falou: _ Sentiu isso agora?!… puuffffff…

ele acordou com a cama toda desfeita por que se mexera muito durante a noite… não sonhara, para ele, aquilo era mais como se o cérebro nunca se desligasse e ele ficasse pensando nela o tempo inteiro… apesar disso, as dores já não eram tão fortes, na verdade, passaram a ser mais que suportáveis, podia deitar por cima que sabia que não se lesionaria mais… só não entendia, “por que fico pensando em você ainda…?!”

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