construções que se enguem em meio a elevações indistintas de concreto e metal… metal enferrujado e seco, trincas que cortam vidas e olhos que fitam com desejo… são vidas que seguem seus caminhos, sem saber direito o que estão fazendo, o resultado é o mesmo, aquele lampejo que derrete a alma… e fim…
blocos monocromáticos desenham paisagens enrugadas onde habitam pessoas e almas sem fé… escrever me salva, e apesar de tentar usar sempre palavras e energias positivas, em alguns dias, acontecem sopros distantes de sentimentos tortos, e eu evito cruzar meu olhar com os deles, pois sei que estão perdidos… não do meu jeito perdido…
do jeito que eu gosto, de saber que há tantas possibilidades de escolhas que é por isso que me sinto assim, qual caminho irei seguir… e quando há definição, a Alegria vem junto da Constância, de mãos dadas rumo à solução, em um caminho de prazer e gratidão… ninguém disse que a caminhada não teria sabores amargos, só que o café doce agarra na garganta e esquecemos como falar pro BEM…
nesses dias, é melhor ficar quietinho, meditando, buscando soluções que parecem mudas, ao longe… ela vem devagar, piscando como um ponto de luz, até clarear tanto a mente que todo aquele ambiente ganha um ar de definição… e assim, pedra após pedra, desvios e contratempos, esse curto período de tempo foi feito para esse prazer… ter com sabedoria e ser com consciência…