Os 4 Sentimentos

Alegria sobrevoava tranquila sobre as terras flutuantes… De um lado as maravilhosas inconsistências da natureza, tomando conta de uma forma disforme… Era a liberdade… Criativa, sedutora, suave… Do outro lado aquela sequidão, uma transformação que trazia os medos, os anseios de não saber sobre o que iria acontecer… Eles tomam contam, quem sabe segurar a emoção às vezes parece estar no controle, mas se quer sentir de verdade o pulsar das veias, o frisson dos arrepios… deixa sair os sentimentos…

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Primeira Parte… (ainda sem título!)

era noite de lua cheia… e vermelha… o que lhe lembrava sangue… os ombros lhe doíam muito… não sabia o que teria lhe acontecido na noite anterior para estar com seus braços tão cansados e caídos pesando toneladas… as luas cheias costumavam durar entre 24 horas a 36 horas, apontando lá em cima, clareando por todos os lados, e aquela figura tenebrosa e exausta, começava a sentir os efeitos desgastantes de sua transformação. durava poucos minutos, mas para as primeiras vezes, aqueles seres que eram mais sentimentais, mais emocionais, absorviam maiores as dores dessa transição física.

passou a mão pelo rosto e reconheceu suas expressões… estava tudo lá, seu nariz anguloso, seus lábios finos com um sorriso liso nas extremidades… aquela sensação de cérebro chapado… olhos pesados, boca seca e cabeça gelatinosa… uma força dentro do umbigo… o que era aquilo… alguns movimentos eram chatos de fazer, preferiu recostar-se nas almofadas que havia em sua cama, e elas apertaram seus ombros para um dor causticante que no mesmo momento teve um giro inteiro do seu corpo para o lado e caiu estalado em um sono profundo…

um apito agudo se converteu em um ruído que cresceu em potência e alcançou quilômetros… a cidade inteira se apagou com um frio na espinha, esperando as notícias no dia seguinte dos diversos jornais de mais um assassinato misterioso e devastador…

EXTRA EXTRA!!! vinham em letras garrafais como se estivéssemos na época do infame serial killer Jack… MAIS UMA VÍTIMA DO MONSTRO ASSASSINO… ELE NÃO TEM DISTINÇÃO, ATACA HOMENS E MULHERES DA CLASSE ALTA…

como assim ele? se perguntou sem entender direito… não queria pensar muito, doía a cabeça… levantou da cama e foi até a cozinha fazer um café… “forte, preciso dele escuro!” voltou cambaleando para o quarto, porém antes de chegar, vomitou pelo caminho, deu uma reviravolta com a cabeça e os olhos e babando foi até a porta e disse baixinho para si mesmo…

(continua no próximo conto…) …

Musicalidades…

tam tam tan ran tantammmm… e na sequencia… tun tu tunununumnéammm… e ao fundo… tinininininanaamm… tinininininanaamm… junta tudo isso em… tudaquitumtininitudaquitumtununum… tinininininanaamm… tam tam tan ran tantammmm… tam tam tan ran tantammmm… tactactactac…tssstssstsss… tinininininanaamm… tssssssssssssss… tudaquitumtininitudaquitumtununum… tactactactac…tssstssstsss… tutudum… tudaquitumtininitudaquitumtununum… tactactactac…tssstssstsss…

e o corpo balança… e o som aumenta… e o sol brilha amarelo… e a mente voa… sons constrangedores fazem nossos corpos moverem como se fossemos… suuuuuaaaououououuuuauuummmaummmmaummm… funmnumnumnumnaniiiiiiiii… animaiiiisssss!

de um lado para o outro, para baixo e para cima… ritmado… compassado… simbiótico… o som dos metais… uma mistura tão profunda… latino… jazzistico… pianistico… o ouvido dança junto, tudo vibra lá dentro, que delícia sentir… as células dos lóbulos estão vivas!

por que é assim, um dia após o outro realmente vamos viver… engraçado sabermos disso mas a emoção tomar conta… só “controlamos” o que achamos, porém não temos controle de nada… e por pura “sorte” a máquina continua respirando, bailando, saltitando…

tlitlililuliriririouuuuuu… tlitlililuliriririouuuuuu… tlitlililuliriririouuuuuu… pam… pammmm… pamnamnamnam…

quantos títulos mais…

desculpem minhas falhas, eram 2:52 da madrugada… ouvindo uma rádio de lofi de hip hop, que às vezes deixava agradável o local para inspirar; serena…mente… e logo em sequência aquela batida clássica… e um leve toque de piano para dormir…

curtinha para sentir… as rimas podem ser fracas e logo precisaram sair… como em qualquer coisa, quando se inicia, não importa a idade que tenha… importa sim por um lado, paciência e sabedoria… o aprendizado se torna um tesão…

logo menos… vem mais então!

Novas Pessoas…

Como ela era uma pessoa poderosa… Visualmente linda para os seus próprios padrões… Ela se cuidava para si, ela olhava para si, ela refletia a si… quando se olhava se sentia “gostosa” e quando a olhavam milhares de olhos admiravam… E a energia é tão grande que emanava uma fonte de prazer imensurável… Cabelos longos, corpo grande e forte e delineado… Vestia uma roupa que hipnotizava quem a olhasse, e a grandeza de suas atitudes e seu porte, transmitiam uma confiança e um conforto únicos… Era delicada e carinhosa, porém direta, reta, seta e segura… Qual era mesmo seu signo? Aonde a energia astrológica conectava e emanava faixas de luzes coloridas que deixavam rastro de amor e alegria…

e essa sensação bombante no coração… a aceleração intermitente… antes elXs não se comunicavam; passou… maravilhoso é o tempo, mesmo indo só para frente…

os privilégios de compartilharem juntos por vontades próprias, por tesões comuns, por viagens ‘garradas… ampliam seus conhecimentos em todas as direções possíveis e questionam sem saber se é capaz ou não, e mesmo que essa realidade só aconteça em sua cabeça e é necessário utilizar disso para criar uma história… pintada, escrita, rabiscada… esses trem de música acontecem na hora, não volta, não dá para replicar algo que se faz com total extravagância, livre em seus movimentos e fala, já pensaram nisso… e o que isso significa…

bem amiguinhXs, chegando ao final percebeu-se que delícia que era pois assim dentre esses milhares de sabedorias e contatos e interesses, uma das sensações mais gostosas quando o estômago te avisa e quando se está abertX para a informação correta, a pessoa que entra em contato visual e … … amor… estupefato…

sem distrações para o seu foco, como bandas de músicas, tatuagens em corpos suados, pessoas cantando o refrão em uníssono, dançando… ritmando… rebolando… brilhos nos olhos, sorrisos… solos de bateria… dedilhados nas guitarras e no baixo… e um pedido de que aquilo nunca mais acabe!!!

Relação!

Um obrigado e um bom dia…

Inicia-se com alegria…

Leve, flutuante…

Com gargalhadas eletrizantes…

É um procedimento de vida…

Como o nascimento ou a morte…

Um caminho que nos conforte…

Deixa a energia fluir em você…

O sangue corre sem parar…

Tantos encontros para se viajar…

Felicidade do momento vivido…

Assuntos aleatórios envolvidos…

Ela me olhou com o desejar…

Eu devolvi e resolvi te amar…

Sem perguntas para responder…

Livre e leve, se deixaram conviver!

Os Sabores do Prazer e da Dor

boa noite Blue Moon… há quanto tempo eu não te via… realmente eu estava com muitas saudades… e o que mais gostaria é de sentir o seu sabor… e ver as gotas de suor gelado descendo pelas curvas que seu corpo possui… esse tom bronzeado, meio plácido, meia muçarela… ou petiscos, o que vier contigo combina tanto… e quanto mais apimentado melhor… seguida pela acidez cítrica de uma rodela de laranja que enfeita o copo… e buffalo wings! ai que saudades eu estava, tantas histórias e momentos pelas estradas…

e agora parece que aqui de volta… mas não de volta “de volta”… você sabe que os anos passaram, que as experiências enriqueceram e tudo está diferente… nem mesmo o que eu sou, é o que já foi… em nível celular, em nível de pensamentos… é difícil assumir certas coisas como … consciência… não acham? risadas!

embalado pelo som embriagante de Tommy Guerrero, estávamos em são paulo, uma grande cidade de concreto cinza, e em um documentário do netflix um antropólogo e sociólogo indígena dispara, “haviam umas mil culturas indígenas diferentes aqui no brasil, e se você tem algum sangue europeu deveria se envergonhar pois seu avô e bisavô foram”… é um texto dramático, real, uma verdadeira porrada na fuça dos “brancos”… fico pensando em como toda história humana é baseada em guerras e massacres… que alguns falam que são conquistas e descobrimentos…

ainda bem que te reencontrei Blue Moom… quando te vi novamente não acreditei que estava em meu país… pensei, suave, sei falar sua língua, sei de como gosta de ser tratada, colocarei você no melhor lugar da minha casa!

mas demoramos a nos saborear, eu sentir o paladar e a sua textura… a embriaguez que isso me causava quando atingia minhas narinas… realçando o sabor… eu ofegante só queria passar a língua por você inteirinha…

e reparem em lentes de microscópios, as guerras que acontecem diariamente em nossos corpos… entre células, em nível molecular, no nosso sangue… uma verdadeira explosão como as que justificamos por “conquistas” o derramamento alheio desse mesmo sangue…

então explosões… pessoas podem falar que são nascimentos de crianças, e isso é um acontecimento muito lindo… será?! outros dirão que são big bangs, o tal início do universo quando tudo voou e continua voando entre massas escuras, e planetas com sóis que também explodem depois de se apagarem em sei lá quantos milhões de anos que não dá nem pra entender… tudo caótico em guerra, voando rapidamente para diversos lados e alguns se acertam e é bem intenso quando isso acontece… alguns chamam de dor… outros de vida… está no micro e no macro… dá para ver pelas lentes de grandes e potentes telescópios…

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