lá ia ele para mais uma ideia louca que vinha em sua mente enquanto se banhava no mar… incrível as sensações deliciosas que a batida das marés provocam em nossos corpos, ativando esses minúsculos trenzinhos que moram e formam a gente… e agradeceu a maior de todas as virtudes, assim ele as chamava, pois era em tese, aquelas que criadas por mentes humanas há tantas existências atrás, que moldaram o planeta de seres caóticos em vida e morte… a Arte, era a primeira dessas virtudes, (era assim que humildemente ele as definia) e ela veio de diversas formas, cores, misturas, aromas e paladares, sons e gestos corporais, versos e caos, linhas retas e manchas abstratas, era como queria, a virtude que criou diversos outros saberes, que dela veio a Comunicação, a Gastronomia e as próprias artes em si, Pintura, Escultura, Música, Dança, Literatura… ela estava conversando com essas outras virtudes maravilhosas, que conduziam a um caminho mais sereno, mais puro e bondoso… Estavam juntas da Arte, a Filosofia, a Ciência e a Religião… cada qual carregava sua característica, sua personificação desenvolvidas pelas mentes mais rudimentares, e que hoje são considerados verdadeiros gênios em épocas seculares…
Arte estava vestida com uma roupa tão indefinida quanto ela mesma, ou melhor, ao invés de indefinida, ela se definia com uma característica Particular, de ser e estar em tudo e com tudo ao mesmo tempo… Filosofia mais centrada usava uma manta suave e lisa de cor branca em seu entorno, cobrindo apenas algumas partes de seu ser… Ciência mais metódica e racional, procurava dentre milhões de invenções e objetos criados, dar um eixo, uma ideia, uma razão para todo o abstracionismo que Arte e Filosofia tinham em suas conversas profundas… Ciência procurava as respostas… e se apoiava muitas vezes na Religião, essa, vinha nua, despida de preconceitos e carregava uma Fé tão grande consigo, algo de uma energia inexplicável para as mentes mundanas, pois não era uma prática em si, se não a própria execução do que é estar fazendo coisas certas no caminho do bem… e se não pudesse ser assim, ela se absteria, não participava e nem opinava, pois para si, provar que toda a Ciência está correta, são situações mágicas… já que a Ciência a procurava justamente quando não conseguia comprovar nada pela lógica ou pelo raciocínio, no entanto, sabia que ali aconteciam coisas que pareciam sem explicação, e que a Religião aplicava a Fé para a conclusão…
“…sobre esse lance do capitalismo, não vejo como um problema assim, afinal, qual seria o método criado para que essas pessoinhas ai viventes fariam seus negócios e acordos, já que fizeram essa burrada de criar tantas regras e leis que cerceiam seus próprios pensamentos e sentimentos, enfim, o que tem trocar uma Ferrari por um copo de água?! vai das motivações e necessidades de cada um que estão participando dessa situação… quem foi que falou que esse copo não vale muito para o dono do carrão, se o que ele tem é sede e não poderá beber a gasolina que dá energia para o veículo mover-se… ele mesmo, ele precisa de energia, se ficar sem comer ou beber, ficará fraco, não se moverá como se estivesse alimentado e satisfeito…” Filosofia discursava bastante enquanto as outras três virtudes de forma atenciosa ouviam pacientes e centradas naquelas ideias… perceberam que as virtudes são todas femininas? apesar do autor ter vindo em um corpo masculino, ficou pensando sobre as qualidades que os “homens héteros” possuem, se é que possuem alguma… e percebeu que não importava quem é que faria aquela troca, ou entenderia a mensagem, por que era sempre ir além, a Arte criou a Comunicação para isso, para que a notícia seguisse entre os povos, para que ao fazerem negócios, qualquer que esses fossem, seriam e teriam…
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