alguns anos atrás ainda havia algum sentido, aquele nosso amigo de sempre estava sem camisa e usava uma calça de moletom larga que caberiam dois dele ali, com certeza; e ele pensava sobre todos esses acontecimentos sociais que ocorriam nesse exato momento em que ele levava a xícara de café na boca e bebericava com o olhar perdido… “_ São tantas histórias ao mesmo tempo, de tantos personagens diferentes que nem mesmo irão se encontrar; são apenas manchetes nas primeiras páginas de jornais arcaicos que cismam em enaltecer as bombas e atentados, as mazelas e as traições, em todos os tipos de relacionamentos existentes, em que há algum humano, parece haver… guerra!”
enquanto isso, mundos paralelos com tempos e energia gravitacional diferente moldam outras estranhas vidas, formatos e situações que nos parecem um tanto bizarros, onde naves que voam em velocidades inconcebíveis para lugares que podemos dizer que estão no passado ou no futuro, por que segundo alguns estudos científicos, se ultrapassarmos a velocidade da luz, já não estaremos nesse mesmo tempo… confundiu?! ao mesmo tempo, em que isso ocorre, nascem e morrem seres humanos, e o mais louco disso tudo, são as formas mais inapropriadas possíveis, sem nenhuma razão aparente, sem conexão com magia ou religião, sem levar seu filho à escola por que só pensa no trabalho e um acidente estúpido quebra para qualquer tempo aquela união, desfeita por guerras que explodem outros tipos de bomba, e enaltecemos o surfista que desceu aquela onda gigantesca enquanto ignoramos aquelas duas crianças pedindo esmolas no semáforo…
um livro jamais seria o suficiente para registrar todos os acontecimentos surgidos em infinitésimos de temporalidades gravadas por relógios tão imprecisos quanto aquele casal descontrolado que brigavam para todos verem, ciúmes podia ser o motivo, um cachorrinho amarelo atravessava a rua e o caminhão de lixo que vinha numa boa tocada, o motorista com um fone de ouvido tendo um show delicioso da “Madonna” abriu seus olhos e de repente se viu atropelando o pobre bichinho… scrinchhh, aquele monstro desviou do pequenino amarelado enquanto ela gritava em desespero que seu noivo havia sido atropelado… e não muito longe, não em outro planeta, galáxia ou circunstância… foi logo ali, dentro de um carro indo para o hospital, que aquela jovem mãe dava a luz a uma menina cabeludinha e risonha… o motorista do táxi nunca havia feito um parto, não era casado e não pensava em formar uma família tão cedo, até que seus olhos se cruzaram com o daquela pequenina, o dedinho já estava na boca, confortando das epígrafes da vida que ela teria de conhecer e enfrentar, como todos os outros… todos… menos…
as máquinas estão ficando inteligentes, estão sabendo além de copiar e gravar, estão aprendendo a criar conexões, com falas, com textos, com imagens, sons quaisquer, fotografias da vida aleatória, o que é importante para uns, e para outros são outras coisas, outros destinos desavisados, aquela sensação de controle, que as escolhas foram bem feitas, e no fim das contas, é o universo ou a energia do mesmo que direciona aquilo que quer, o que pensa, o que sente… em algum momento há uma resposta, que dá cinco minutos de sentido para tudo aquilo que viveu e está vivendo agora… apenas, medite!
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