…dessa vez nossos intrépidos personagens, essas duas pessoas aventureiras da vida, se encontravam em um local mais profundo, com mais verdes e flores, troncos tão altos e mais altos que edifícios, e mesmo em alguns pontos onde o céu não era visível, a luz, as cores e o sol entravam desenhando o dia… ela estava com o torso nu, como ele, e os dois usavam calças de moletom de cores diferentes… um baseado, chás de erva doce e camomila, incenso de mirra, e a mata!
“- Quer dizer que é isso que é o “viver”?! Ela perguntava curiosa sobre as sensações que vinham em seu corpo… e tudo parecia mais brilhante, mais conectado, como se ondas de respirações descolassem juntas em tons distintos porém análogos, e eram visíveis a olhos nus, e seus troncos nus, ele estava dentro dela e sentia isso, e ela estava envolta nele, e sentia isso… os dois rolavam pela grama um pouco molhada pelo orvalho matinal, como um só corpo, um círculo, uma conexão do Yin e Yang, dois unos, complementares e individuais…
muitos orgasmos vinham dançando juntos de espasmos musculares, fluídos digeríveis com sabores de pele, sexo e algumas vezes, amor… “- É isso!…” os dois corpos estavam largados sobre todo aquele verde e seus braços e pernas brincavam entre si, ela e ele se permitindo sentir em seus corpos nus toda a maciez e a umidade do ar… ela completou: – Estou muito feliz, me sinto bem! Ela enlaçou os braços envolta do pescoço dele, dedos brincando com os pelinhos da nuca… ele arrepiou o corpo inteiro… “- Eu também!”… ele respondeu a ela com um carinho no rosto…
sem se importar com o que quer que faça em qualquer tempo e momento, na existência do dia, esses dias rotineiros, estabelecidos pela sociedade dita como civilizada e me parece, não sei não, mas me parece que nossos queridíssimos amigos aí perceberam que o tempo, muitas risadas, para quem está vivendo, o tempo não existe!…