ele estava tomando um chá de erva cidreira, enquanto rolava uma música instrumental meditativa em seu celular… a cozinha era pequena e tinha uma mesa com duas banquetas, e ele estava de short praiano e sem camisa curtindo aquele momento… a fumacinha do chá ia subindo, e ele pegou carona naquelas ideias cíclicas, que podem muito nos parecer que já vivemos algo assim, ou que as lembranças daquele lugar trariam suas posturas em relação as situações do dia… no entanto…
se nem mesmo os lugares são os mesmos, se as mudanças nas cidades são orgânicas e crescentes, expansões físicas absorvendo a natureza ao redor, transformando tudo em ambientes “humanos” ou melhor, para humanos… “_ … eu não sou mais aquela pessoa que esteve aqui, e o que eu vivi, já não existe mais. Minhas memórias são escolhas que faço daquilo que gostei de viver nesse lugar, e agora, novas memórias serão criadas em cima das oportunidades que eu me darei…” ele refletia sobre sua volta às cidades em que já esteve, aos momentos que passou, alegrias e tristezas, trabalhos e lazeres, pessoas que vão e vem…
e ele gostava de estar ali, sentia a boa energia e o acalentamento que curioso lhe deixava, ele pensava e sorria sobre isso… “_ Nunca diga nunca mesmo, por que como não sou mais o mesmo, aquele que já foi, e o que sou no agora, é incrível como podemos mudar de opinião e atitude, buscar nossas melhores versões, e a cidade onde nasci, que loucura, onde nasci, é quem me dá oportunidade de mais um “restart” de vida… com esse pensamento, nosso querido personagem seguiu, claro, sem saber o final da história (a não ser aquele profético dia que chega para todas as existências), porém com uma alegria enorme de saber que mudanças e recomeços são mais rotineiros do que nos fazemos crer…