não entendia muito sobre a modéstia, apesar de acreditar piamente que era um sujeito humilde… e parece que haviam grandes diferenças nessas características… porém sabia de seu talento, sabia em que era bom e gostava de aprender mais e mais para superar-se, para se encantar, e então sabia, que isso encantaria o público também…
pensou sobre isso por que estava sentindo-se livre demais, e com uma consciência grande desse instante, lúcido, focado, conectado… vivia o agora, sobre o que estava fazendo, e buscava a tranquilidade para entender sons, vistas, cheiros… respirar é tão bom, tão bom sentir o cheiro da natureza… e ter a oportunidade de escrever sobre isso tudo…
a voz lá dentro o trouxe de volta, “ei, focado, aqui, agora, vai… sente… vive”… essa percepção independia de qualquer uso de drogas, de qualquer tipo… era só em sua própria mente, junto com seus “eus”, todos eles, todas elas, para produzir aquilo que estava existindo em si e a sua volta…
as viagens estavam mais fortes, mais significativas, mais intensas… as opiniões também; cresciam, superavam, elevavam-se a outros patamares de consciência onde precisava apenas ouvir e concordar, sobre a história alheia, e já sobre si, apenas sentindo as conexões que seus sentidos lhe traziam…
faria um conto sobre isso, muito difícil de descrever por sinal, afinal, era somente um, em uma sabedoria limitada e uma curiosidade aguçada… em uma ignorância prodigiosa e uma vontade indeterminada… por que viver no agora, é viver num momento tão instantâneo que quando pode perceber, se está sem conexão… foi…