Já havia perdido… era o segundo ou terceiro dia… já não importava mais… contudo, prestem bem atenção, do minuto em que nascemos até aquela explosão que as pessoas cismam em chamar de big bang, apenas a batida do seu coração lhe importa, sentir que está vivo, e pela primeira vez, em tempos, com aquelas prateleiras imensas em altura e comprimento… de escolhas!
Ele havia tomado um café da manhã simples, comeu uma banana e tomou uma xícara forte do líquido que ele apelidava de “vida”, afinal sem um cafezinho ele se ligava diferente no tempo e com o tempo… ouvia o som do mar, aquela constante que acalmava todos os nervos…
sensação que diminuía um pouco sua ansiedade, sabia que precisava acertar o trabalho, só não imaginava que seria tão livre para fazer tal coisa, e precisava fazer isso se tornar interessante, afinal de contas, se for assim, quem sabe ele conseguiria viver seu tempo por aqui de forma tranquila e contributiva, com um público que gostava de loucuras literárias e histórias sem pé e sem cabeça, contudo… repare… olhe com carinho… bem… bem…
devagarinho…
quais histórias gosta de ler, e quais aquelas que irá propagar, quantos de nós somos uma constelação de ideias que combinam e compartem, abundantes e singelas, perceberam… ?!
risadas…
sim era uma pergunta; ele saiu de roupa de frio para caminhar na praia, chovia fraquinho e mesmo assim não se importou em se molhar, nem em embaçar seu óculos, e sua mente sorria quando pensava em um amigo chapado de ácido dizendo sobre abrir um quiosque na praia…
O que você vai fazer da sua vida, além das mais conhecidas práticas humanas, como irá manter toda essa insanidade; ele olhou no espelho e viu um monte de oportunidades, até o fatídico dia, havia uma escolha única que independia de todas as outras necessidades que poderia ter… ele escolheu nascer, já haviam passados quarenta e sete anos;…
terminou o café e sentou-se em frente a praia… a resposta está na linha reta que cruza o horizonte… iríamos flutuar no espaço!