Eu estive escrevendo sobre coisas aleatórias a minha vida inteira?… esse sentimento de não saber aonde o caminho vai levar, e ao olhar pra trás não gostar muito do caminho que vê… aquilo que já foi… já…. foi!
seres humanos pensam juntos, e quando isso ocorre uma explosão brilhante de boa energia é emanada… isso é sentido, por nós dentro do corpo, por dentro da pele, uma tremedeira que não se controla…
mas, o que estava lá fora então? o que tinha de tão interessante para se contar, sobre o cotidiano, rotinas ausentes de almas destoantes… usar sentimentos sórdidos que corroem a alma faz qualquer poeta ser um grande ser das letras, mas é doloroso demais, e como artista já possuo sensibilidade o suficiente para usar as palavras para voar aonde os traços não me levam…
eu preciso dos dois, jamais conseguirei escolher uma só, e na real eu nem gostaria de ter que passar por tal disputa interna… a batalha do artista já é em seu próprio lugar de cultura a sua fala direta através de cores e caligrafias…
lembrei-me de diversas histórias, e me coloquei em terceira pessoa, iria viver o personagem como tantos outros fazem e fizeram, nada de novo, a não ser o jeito de contar o que foi vivido… mesmo que a maioria das vezes, a ficção pareça bem melhor que a realidade do calor intenso de um dia qualquer…
clichês e rotinas… quem não quer fugir da sua casca particular, trocar como fazem os répteis que trocam de pele, deixando pra trás parte de sua história, aquela que não lhe interessa, que só é um peso morto… e nesse caso literalmente… troquemos nossas peles, eu quero deixar para trás muitas coisas inúteis, memórias que não servem para criar algo bom… e deixar fluir as de alegria que irão causar frisson…
de a volta e mire seu olhar, lá fora estará, muitas coisas boas para acontecer, é através das histórias que irei contar, sigam os contos pois são curtos, e deixem a força surgir e sintam seu impacto, pois são enormes!