e quando tudo se acostumou em sua cabeça, foi revelada tamanha loucura… apesar de fazer todo o sentido o que estava vivendo naquela situação, Elisa entendia que o caminho era tão claro para o absurdo total… como ninguém quis impedir…
tem que acreditar que existe alma e tirar uma força sobre-humana de dentro para fora… buscar esse tal espírito interior para conseguir sobreviver no dia a dia lá fora…
ela precisou fugir da casa dos pais de Cassia, sua ex e conseguiu chegar a um pequeno edifício em uma rua central… estava exausta, faminta, fedida, e literalmente com a alma machucada…
será necessário passarmos por situações que não queremos, que acreditamos não ter escolhido… ou que fingimos não ver, colocamos a peneira no sol e adivinhem né, a luz passa pelo mais ínfimo buraquinho…
eram parágrafos curtinhos como os sonhos humanos… vidas que passam tão rápido que a tal inteligência e civilidade não aceitavam a velhice… e agora? aceitam esses “homis” como são? destruidores e genocidas, verdadeiros assassinos que não se importam a não ser com o próprio… acho que nem consigo se importam, são tão infelizes… são como a própria doença, a própria condição da tristeza vigente…
ela não se permitiu entrar na depressão… não no fim do mundo… não sem uma cama com alguém para abraçar…