um poema de louco é para poucos… vire a esquerda, vire a direita e desvie pelos becos roucos… vai ouvir vozes agoniadas de amor… “ei, não goza na minha cara senhor!”… aperto nos olhos de uma cidade grande… os olhos são da cidade, e a garganta dos artistas brande… diante do caos com a sensação de vulnerabilidade, aquele sorriso na pequena e macia boca revelava… religiosidade…
a hipocrisia está em todos os lugares desde que nos entendemos… as histórias contadas antes já não são as que conhecemos… velhos canhões estão apontados para você… “saia debaixo da cama menino…” o pai grita “está com medo de quê?”… e a criança chorosa só pode pensar lá dentro daquele cantinho escuro da cabeça… é de você!
traumas são gerados por famílias, governos e você… contudo ninguém quer assumir essa culpa… é uma novela com aquela situação clichê… acontece na sua casa pela tevê, e na do vizinho pela “internê”… um pai infeliz arregalou os olhos e perguntou assustado… “você vai ter coragem de mostrar isso? acho que ninguém vai querer ver…”
e com a cabeça baixa vai para o quarto, fecha sua porta e fecha seu coração, sua mente e sua visão…
onde está nossa compreensão…
como podemos dizer que somos inteligentes… descontrolados em nossos sentimentos, somos como crianças carentes… como criamos tantos problemas para conviver… eu sou seu semelhante, eu sou aquela árvore, eu sou aquele pássaro e eu sou… você…