tenho uma saudade infinita dentro do meu ser… e não sei explicar de onde vem e nem o que ela quer comigo… e o mais engraçado disso, não tenho a menor ideia do que sinto saudade… … …
“ai!” pensou dentro da própria cabeça ao queimar a língua com o café… “gana…” ela refletiu sobre como os seres humanos são como cobaias de si mesmo tentando satisfazer seus desejos, mesmo que eles lhe causem dor… o que prova que é necessário aprender mais sobre paciência e ser menos ansiosa… que tal?! “amo demais o café, esfria um pouquinho logo!” ela segurava a xícara pela alça e conversava com o líquido preto balançando-o em movimentos circulares… e deu outro gole que queimou-lhe a garganta! “ai!”
o jeitão singular que Saudade carregava causava muita Curiosidade em Sara… ela trazia o gatinho em seu colo e aonde ia e via Saudade, corria atrás tentando alcançá-la pelos corredores e cômodos da casa… “estou com saudade de que… de quem…” ela não conseguia pensar em mais nada, uma espiral tomou conta de seu ser, e ela se deixou levar pelos seus sentimentos…
Saudade era como um pássaro lindo, asas enormes e radiantes, iluminavam cores misturadas como uma serpente ziguezagueando por aí… “é um dragão!”… que voava em todos as direções ao mesmo tempo, confundindo muito a sua cabeça, resfriando o estômago, causando frissons na pele, fazendo as pupilas dilatarem e o sorriso vir a tona… Saudade é especial, ela causa sensações mágicas, sabores doces golpeando os amargos que vinham seguidos logo de perto pelos cavaleiros ácidos… já ouviram falar ou pensaram sobre a ideia de que quando o cérebro recebe muitos dados ao mesmo tempo de fontes perdidas no tempo, que ocorre um bug, quase imperceptível para o momento, porém, algum tempo depois, incalculado pelos normais, Saudade traria consigo Alegria, Ciúmes, Ansiedade, Impulsividade, Paixão, Raiva e Curiosidade, e Sara teria que lidar com todos eles de uma vez…
“isso se chama, ser adulto.”… ele comentou com ela após ela surtar e ligar para ele pedindo um pequeno favorzinho… quando ele chegou encontrou além do tigre azul do Ciúmes que ele já conhecia muito bem, o cachorrão da Paixão e o gatinho da Curiosidade, o coelho da Alegria abraçado e pulando freneticamente com o touro da Impulsividade; bufando ao seu lado um bode com expressão velha e carrancuda mastigava qualquer coisa e resmungava algo inteligível, era a Ansiedade, acompanhada de uma amiguinha nada legal, a raiva, em forma de… sim, isso mesmo, barata… cara, por que né!!!
Saudade estava atrás de todos eles, gigantesca, linda como sempre, e os abraçava com seu tamanhão todo. eram o exército de Sara, seus sentimentos unidos para lidar com esse mundo caótico que está aí fora…
Caraca que coisa linda!!!! PArabens!!! Tanta coisa que acontece enquanto esperamos o café esfriar… E ai chegam todos esses “animais”, podiam criar um novo ditado pupular, cabeça avzia não é oficina do coisa ruim não, cabeça vazia é espaço pra um circo, um zoologico, uma selva cheia de sentimentos heheh.
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Que beleza Ygor!!! Felizão pelo seu comentário e mais ainda por complementar as ideias… alias lindo pensar “uma selva cheia de sentimentos!”… vamos trocando essas, valeu!!!! =D
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