Arte era a mais velha das “Grandes Virtudes”… e a mais alegre também. Sem nenhuma serenidade, parecia um filhote de gata que apronta todas as bagunças possíveis… era a mais criativa e criadora das quatro grandes irmãs, tendo sido liberada pelos mesmos seres que criaram os temidos “Cavaleiros”… os sinistros da hecatombe, também em quatro fariam de tudo para provocar caos contra as mesmas “Virtudes”… eram quatro de cada lado… até hoje, são em quatro… e cada uma com seus devidos desígnios…
começou!!! a galera estava agitava e cantava com muito fervor!!! Olê oLê OlÊ… LêLêLêiôôô… na arquibancada as cadeiras pulavam junto de seus sapateados vigorosos e descompassados… braços erguidos, coreografias afiadas, pequenas e grandes bandeiras agitavam com cores por todos os lados…
alguns perguntam por que as músicas conseguem alterar nosso estado de “espírito”… jogar as máscaras fora e exibir as caretas que as pessoas não querem ver, só que está ali, exatamente onde… estava desesperado em frente a um espelho olhando uma pessoa que não reconhecia e que possuía uma dor imensa que machucava tudo de dentro para fora e por onde o sangue corria, pois não queria acreditar no que fizera… e nenhuma arte, nenhuma fé, ciência ou mesmo uma vã filosofia poderiam explicar tal crime, perpetuado por outra pessoa, porém com um ato bem sucedido por um dos cavaleiros… antipáticos…
Arte juntou as três mais jovens sob seus braços. Ela vestia um manto xadrez que lembrava uma figura de avó, bem singela e acolhedora. Mesmo sem uma explicação terrena, sem precisar conversar por muito tempo como costumam fazer em seus longos debates sobre suas importâncias e como melhorar a vida para aqueles serzinhos… Religião aconchegou sua cabeça no colo da Ciência, que recostou em Filosofia, e as quatro juntas para quem as visse do lado de fora em um quadro geral, naquela acanhada sala com piso de madeira grossa e uma lareira no centro, formavam uma simétrica imagem de amor e paz…