a memória é um trem muito doido… ela é linda quando nos coloca dentro de situações lúcidas em nossas mentes… que nos mentem… em formas de…
memórias…
ela nos carrega para prazeres deliciosos como um café matinal acompanhado de uma pontinha minúscula num dia chuvoso; delícia de sentimento, a brisa fria pelo corpo, as folhas das árvores lambidas pela chuva e pelo vento em um ménage da natureza…
justificando algo que não é necessário, discutindo vídeos de gatos tentando se mostrar inteligente usando palavras que não existem no dicionário… sentindo na pele do peito um frio rejeitado, conversas aleatórias se permitindo conhecer pessoas… quando foi a última vez que você conheceu, ou melhor, se deixou levar e se abriu para outro alguém…
e conversou sobre gatinhos…
viu as árvores se transformarem, de verde para o rosa, perdendo folhas pelo caminho, ficando como se estivesse morta, e “revivendo” na primavera seguinte…
a memória celular, que está espalhada por nosso corpo, o amargor que desce lentamente do céu da boca, e é tão bom, lembrar…
tem pessoas que preferem azedos e ácidos, não só os sabores, nas escolhas da vida também… eu humildemente prefiro doce e amargo… misturado então… hmmm!
e uma laranja geladinha pela manhã… a obediência de toda sua estrutura física, estudos de línguas estrangeiras, ler e escrever… e a convivência com outros seres fazem com que você queira se afastar, ou melhor, entrar para dentro de si mesmo, um estudo de seu próprio interior intestinal, de suas secreções e das conexões iluminadas neurais… o frio na boca do estômago, está tudo aí dentro de você, daqueles ali, e de outros por aí… talvez de tudo, ninguém sabe ao certo como isso funciona… porém está em mim também… e eu gosto muito!