Apenas Faça!

Fred tinha apenas treze anos de idade quando tudo aconteceu. Vanessa tinha dezesseis, havia repetido duas vezes o oitavo ano. Alexandre estava com a idade geral da turma, treze também, porém era crescido, peito estufado se achando o pomposo. E havia também a Manu, que usava um óculos redondo enorme, e isso escondia um pouco seu rosto. Eles estavam presos na sala de acervo da escola, àquela com paredes mofadas e verdes, com cheiro forte de lodo, em meio a enormes estantes com prateleiras abarrotadas de livros empoeirados e alguns até mesmo ensebados, potes de vidros e aquários que conservavam tipos digamos exóticos de espécies animais, inclusive um feto humano, e ao fundo antigos aparelhos eletrônicos como um toca-discos e uma estação de rádio amador.

Essa é a primeira ideia de um novo conto, com vontade de ser mais… quando vocês estão escrevendo, ou criando alguma coisa, mesmo que não artisticamente falando, e recebem um trabalho de fazer uma história inédita, livre de qualquer preceito, sem objeção de ser criada em cima de qualquer coisa existente, inclusive os lugares como a escola em que estudam, ou a cidade em que moram… quem lê têm que crer… quem escreve cria um mundo de fantasia, porém com a qualidade de fazernos acreditar que tudo ali existe, pois sua cabeça ao ler, vai criar algo que já…

Estavam presos ali ao acaso, um verdadeiro acidente os colocaram no mesmo ambiente. Sem saberem o que fazer e para onde fugir, os quatro se viram encurralados na última sala do corredor, que ficava aos fundos no subsolo do prédio principal. A pesada porta de metal tinha um pequeno vidro, todo encardido e mal dava para ver quem estava do lado de fora, ou o contrário, quem estaria lá fora não conseguiria ver quem estaria dentro, enfim, o fato é que nesse momento sem terem para onde ir, começavam a discutir o que poderia ser tudo aquilo…

Agora a pergunta que nunca se cala… se podemos criar qualquer coisa mesmo, por que continuamos a criar o que a roda nos mostra ou ensina? Seria mesmo o círculo a forma perfeita, e portanto não dá para gerar algo que não seja a partir dela. Somos tão limitados a ponto de não conseguirmos visualizar além, de nossos sentidos mais básicos e primitivos? Ou todas as histórias criadas em cima de um padrão, funcionam bem por que aceitamos o início, o meio e o fim como uma ideia sólida? De verdade não importa, quando se acha um assunto que quer discorrer, sejam baseadas em lembranças reais de sua infância, ou uma pira louca de algo pop que está em evidência no momento, ou uma biografia de alguém por quem você se interessa em pesquisar…

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Autor: pericles

Uma pessoa apaixonada por artes em todos seus âmbitos, um artista, um professor, um escritor entusiasta desenhando com letras! =)

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