E se ao olhar pela sua janela, essa seria a primeira pergunta, o que é que você estaria enxergando… de outra forma, aquilo que está lá, é o que é a verdade sobre o que é… Havia uma única cor escura e espessa. Tomava conta de tudo e dava para ver, de tempos em tempos uns pontinhos brilhando, como algo ganhando vida com uma explosão suja e voraz… aqui, ali, e em todos os lugares em que a vista alcança, os fulgores vinham e iam, voavam em todas as direções possíveis de se imaginar; ele disse dimensões, foi o que eles entenderam, ou era o que estava escrito nos apócrifos escritos pelos antigos humanos… seriam então pequenas janelas amareladas contando histórias distintas de personagens estranhos à nossa realidade, contudo com um maneirismo tão próximo ao nosso, que dava para confundir, se não fossem os detalhes de cada espécie… em um tempo não linear, onde apenas em nossa singular ignorância reinavam a paz e o amor, vivido de uma forma sequencial. Eles chamavam isso de “viver uma vida”, e os outros, bem, davam nomes diferentes para essas situações, um deles era “preguiça”…