Boa vibe… Tem pessoas que chamam assim, aqueles dias em que tudo dá certo, mesmo que seja só receber uma boa notícia pelo celular, ou ver o sol brilhar radiante pela janela e quem sabe até aquela foto enviada para trazer lembranças tão lúcidas e lindas. Mas como é que mantemos isso, como sabemos que estamos bem, que estamos sentindo isso, sentindo assim. Vemos tantos livros e personagens esporádicos falando de autoajuda, com suas fórmulas milagrosas e regras cheias de detalhes que se seguirmos estaremos sempre bem e bem e… Bem, não é bem assim não né. Só se sabe que o colchão é bom, e quando digo isso, é qualquer colchão, um daqueles fudidos de barraca mesmo, colchonetes, não importa, porém só sabe que é macio e confortável por que dormiu na pedra, e quando digo isso também, dormir na pedra não é um eufemismo, é literal, é dormir no chão duro, na sarjeta, debaixo de uma marquise para fugir da chuva. Não consigo entender esses processos, de que tem que sofrer para evoluir, de que tem que ter dor para se superar, de que tem que passar por experiências árduas para aprender a ser mais gente, mais humano. Sério isso, e para piorar, quando ligamos isso a um tipo de fé, caindo de forma inevitável na religião, parece que a terra é um verdadeiro purgatório de sofrências alheias, todo mundo fechado caminhando de cabeça baixa e se evitando… Cara, não! Não é assim, é curto, ninguém voltou para nos contar o que acontece após a passagem divina, portanto, é para ser bom, sempre bom, e sei bem disso, sei por que eu estive no inferno, e passei por situações que as pessoas nem imaginam o quão duro pode ser a vida, uma vida real, de escolhas, de um planejamento errado ou da falta do mesmo, de não ter os suportes certos para poder seguir bem. Contudo, de qualquer forma, o aprendizado na alegria, no mar, no cheiro bom, na erva da paz, nas gratidões pelo almoço, pelo abraço, pelos papos desconexos que se tornam verdadeiras lições de vida, nas conexões naturais com as pessoas lindas que se encontram mundo afora, nas estradas que contam histórias sólidas e exclusivas, nas trocas, principalmente nessas trocas, sem se importar com um valor (inventado pelo sistema), pois é um valor pessoal, um valor de carinho, de vontade. E de novo não importa o motivo, nem um porque, se você fez você sabe, você sente de verdade, e sabe dar o valor devido aos pequenos detalhes da vida, à maciez do leito… 😉