Ele estava andando por aquele lugar magnífico junto de sua amiga tão magnífica quanto. Eram amigos pela ocasião, porém a altivez dela o elevava, e durante aqueles meses curtiram muito e trocaram muitas experiências. Numa delas, ela conseguiu um trabalho para os dois, e eles foram para aquela praça enorme espalhada de brinquedos para cães. Foi um trabalho tranquilo, treinava um pouco de conversação com as pessoas e isso era ótimo para ele adquirir confiança com outra língua e outra cultura. Foi numa dessas que aquele sujeito parrudo usando uma roupa que parecia apertada demais para o seu tamanho, chegou de mansinho e foi sondando o quão a ajuda dele poderia ser possível para outros trabalhos. Já ouviram falar de conexões do universo, ou acreditam que os sinais estão ai, as oportunidades surgem e se estiver esperto e captar a essência, “boommm”, explode cara! A vida fica leve e fácil, a caminhada se torna tão fluida quanto a água seguindo o curso das curvas que lhe margeiam. Isso implicam datas, tempos, pessoas, enfim seus momentos e foi o que lhe aconteceu.
Ele voltou para seu país de origem e não demorou muito para receber aquele e-mail prometido de um trabalho muito bacana que iria rolar em outra cidade, mais ao sul do país. Então falou novamente com sua amiga, aquela com quem conviveu antes, e ela conhecia uma outra amiga que morava justamente naquele local, e que poderia lhe ajudar de alguma maneira. Conexões do universo, pensou e repetiu. Tudo que se encaixa e acontece de forma positiva é por que tem de ser. E é! Entrou em contato com aquela garota e a resposta amistosa lhe deixou empolgado para conseguir realizar o trabalho ao qual tinha sido contratado com primor.
Chegou na cidadezinha ao sul do país e visitou alguns lugares, aproveitou e fez alguns passeios e conheceu a gente acolhedora daquele povoado. E no final da tarde pegou o carro e foi buscar sua “conhecida”, o contato que lhe ajudara sem lhe cobrar nada. Eles perambularam e curtiram um ao outro, durante o evento e seu trabalho. Combinaram de se ver então em outro dia. Ele a deixou em casa e pensou se aquilo poderia render alguma coisa que não imaginava. Foi quando na porta da casa colonial de sua parceira, se tornaram mais que amigos naquele momento, ela em pé de frente para ele, parecia estar esperando, e ele lhe roubou um beijo molhado e longo. Ela deu um sorriso lindo, “você é um louco!” e entrou contente para casa.
Quando se encontraram no sábado à noite, jantaram em um bom restaurante e beberam vinho. Vinho, noite, tempo livre. Aquilo esquenta e pararam em um motel bacana, com uma enorme cama redonda. Tomaram uma ducha separados e ele saiu de membro ereto do chuveiro. Ela estava lânguida deitada na cama toda nua. Ele chegou aconchegante, trocaram beijos, carinhos, prazeres. Ele desceu sua língua pelo corpo dela e a fez gozar com fervor. Ela lhe devolveu a gentileza e depois de acoplarem seus corpos em movimentos rítmicos, combinados e suaves, fizeram um sexo que ficou mais forte e acalorado. Ela lhe pediu para que gozasse também e sorveu todo o líquido, “hum como está docinho!” Ele a deixou em sua casa e os dois tinham aquele sentimento do momento, que é único e próprio do prazer e do amor. Poderiam ter tido um relacionamento caso morassem na mesma cidade, foi o que ele disse a ela, “eu seria seu namorado…” e ela lhe deu um beijo suave e entrou de novo para sua casa.
Naquele dia ele tinha tido a sorte, como em muitas outras vezes de encontrar pessoas que mudam sua vida. Mudam seu jeito de pensar, sua forma de agir, de se apresentar socialmente. Uma vez um velho amigo lhe tinha dito que relacionar com mulheres mais feitas era melhor por que o “ficar” significava algo mais, que os dois teriam consciência de seus atos e aquilo de uma forma ou de outra levaria para a cama. Aquela mulher de aparência meiga, com um sorriso largo e os olhos lustrosos, havia apertado o botão do “level” nele. O famoso “up” da vida, próximo nível, próximas aventuras, desfechos desconhecidos. Porém menos temerosos são as atitudes pois a experiência lhe mostrava isso. Praticar! Ele olhou para ela dentro do carro e perguntou o que os dois poderiam fazer a uma hora e meia da madrugada de lua cheia, e ela com uma atitude forte, de pessoa madura e decidida, sem frescuras ou temores lhe respondeu “somos adultos, vamos fazer o que temos que fazer” e indicou o caminho do prazer…