A lua surgia no céu quase à noitinha, num horário em que sua “cara metade” já teria ido embora. Pediu ajuda para as borboletas pedir ao Sol que ele ficasse um pouco mais do horário, pois ela desejava encontrá-lo. Seu brilho iluminava a noite, o dele o dia. Pediu a natureza, aos fortes ventos, pediu até aos ufos, e pediu para as nuvens. “O seu amor pelo Sol é impossível”, diziam, “ele nasce de dia, você no crepúsculo, jamais irão se encontrar, então, como é que pode amá-lo”. “Eu não sei”, a lua respondeu simplória, “mas vejo seu brilho alaranjado de longe, que chega até a mim e me esquenta. E essa sensação de conforto que ele me dá que eu gosto, assim continuo girando em volta desse planeta azul, influenciando as marés com a radiação dele e com minha força combinadas.” Tudo parou, era então para a lua, como se a fusão deles pudesse gerar tanta vida linda por aqui. Isto posto por que não deixá-los viver esse romance, desse encontro impossível, são em toques sutis que ela sentiria a presença dele, e a recíproca era também verdadeira.