Todos os dias de Final Feliz…

Muito sexo. De tantas formas diferentes. Lugares e posições. Foram assim aqueles quinze dias. Engraçado já ouvimos tantas histórias dessas, de amores que ficam prometidos para uma eternidade de um momento tão curto. Se soubéssemos que essa é a frequência entendida, talvez teríamos menos sofrimentos e mais e mais amores ainda. Sentidos por dias, os dias em que ela esteve ali, fazendo seus alongamentos em cima de um tapetinho, e lançava olhares discretos para ele, que fazendo suas coisas disperso em seu próprio mundo, nem imaginava o que poderia viver. E após algum tempo, ele é muito agradecido pelo ensinamento, afinal, o que ela mostrou para ele era algo tão simples, apenas fazer o que tá afim, sendo que será bom para si e para o outro ou sua comunidade… Ou as coisas todas que rolaram e ele demorou para perceber, porém entendeu que era no momento, era no agora, que a pele sentia, o tesão que sentia, tudo o que sentia.

O cenário foi o mais perfeito possível. Eram verdadeiros paraísos que as pessoas não imaginam que existam tão perto de si, e a única coisa que precisam fazer é largar um pouco do netflix e ir para o lado de fora. Era isso que ele tinha ido fazer. Era isso que ela mostrou que poderia ser mais ainda do que ele imaginou. Era uma praia minúscula, com pedras em suas laterais, e na frente, em duas formações como pequenas ilhas, cheias de ouriços do mar e cactos pontiagudos. Ele resolveu se aventurar e foi até o outro lado das ilhas de pedra. Ela foi atrás, sorrateira como uma leoa caçando, se esgueirando, procurando o melhor momento para o bote. Imaginem você olhar para sua frente e enxergar apenas azul. Eram tantos e não sabia quantos e isso deixava sua cabeça a milhão. “Como um lugar pode ser tão lindo”.  E quando você acha que já viu tudo e já fez tudo e tudo é tão bacana, quando ela aparece nua em sua frente, de frente para o mar. “Talvez se pulássemos ali, dá para chegar em alto mar”… Ela chupou seu pau e o brilho do sol era mais intenso e branco que o habitual.

Tinha uma pequena gruta, mais parecido com um trono com teto. Era assim a formação de pedras, e ela o galgou, primeiro de frente e depois de costas, olhando o cenário mais encantador que podia, e sentindo um prazer de igual tamanho. Quantas vezes chegaram ao orgasmo juntos ou com os corpos juntos, eles não sabiam. Em uma vez debaixo de uma beliche, após uma sessão longa e melada e muito quente, ele recostado na parede recebia um sorriso lindo e festivo, “terminei quatro vezes”… Ele olhou para ela sem entender, “em espanhol, terminar é o mesmo que gozar.” Ela completou, “não imaginava que depois da cachoeira você teria mais força do que aquilo.” acendeu um cigarro com muita alegria mesmo. Ele também sorriu, abaixou a cabeça e relaxou o corpo no chão gelado daquele quarto.

Ela mostrou para ele a graciosidade do voar de uma borboleta. Do enfrentamento ao perigo e a coragem de sobrepujar as ondas do mar. Uma paciência para falar, explicar suas coisas, como se estica o corpo, e uma firmeza, uma vez apenas, e seguia como adulta fazendo o que tinha a vontade de fazer. Tem tantas outras passagens que valeriam a pena contar, não fosse o lado sentimental, prazeroso e orgásmico de toda a situação. Ele pegou seu café e tomou pensando na noite que estava relativamente fria. Não curtia o frio. Sentia saudade da praia. Sentia saudade de sentir. Ela foi embora e deixou uma página de seu livro para ele. Agradeceu os momentos com uma sobriedade única, deu lhe o último beijo também. E sem olhar para trás seguiu sua bússola…

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Autor: pericles

Uma pessoa apaixonada por artes em todos seus âmbitos, um artista, um professor, um escritor entusiasta desenhando com letras! =)

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