Essa curtinha é para contar uma das passagens mais lindas que a natureza nos oferece e como vamos tomando coragem para atuarmos junto aos outros. Chegaram na cachoeira de Iriri, que até então não era uma reserva indígena como hoje em dia, e tiveram a sorte de poder curtir aquele local por algumas vezes. Ela pulou naquele poço grande que parecia uma piscina de água cristalina e nadou até aonde a água formava aquela cascata relativamente forte. Ele foi atrás, nadou na água que estava gelada contrastando com o sol cintilante que pegava todo o cenário. A trilha para chegarem até ali era diferente, em um momento andavam sobre o chão de terra, em outro tiveram que pular um pequeno muro onde um córrego passava rente deixando o cheiro da terra bem evidente. A mata fechada se abria para um platô escorregadio, e após esse primeiro poço, lindo mas um tanto tranquilo, subiram por uma outra pedra e aí sim, chegaram a piscina principal, árvores dos dois lados, uma queda única e forte, com uma água de cheiro doce e transparente, dando para ver os peixinhos coloridos e as enormes pedras no côncavo. E era como se tivessem esculpido um sofá desses bem grandes embaixo da queda d´água. Ele sentou ao lado dela que o recebeu com um sorriso tão lindo e luminoso. Ele devolveu e pegou em sua mão. Não dava pra conversarem, a pancada da água e o barulho forte que fazia impediam qualquer papo, porém não precisavam. Apenas os gestos, a troca de olhares e sorrisos, e um bom dia. Ali ele pensou pela primeira vez com certeza que daria uma chance para aquele breve romance…