Quero escrever sobre coisas bonitas como as flores. Não os campos de flores geometricamente perfeitos de cidades européias… Digo as flores selvagens, enfeitando a natureza, soltando seu odor afrodisíaco para encantar esses corações escuros que estão espalhados por aí. Não quero ser clichê, já tem gente demais falando das notícias ruins, espalhando desinformações, criando rugas onde não deveriam haver nada disso, pelo simples fato de existir um sentimento chamado empatia. Se você vê alguém tropeçar e cair, você ri, ou você ajuda pois pensa que se fosse consigo seria bem ruim… pois bem!
Tenho tido uma experiência surreal de vida onde infelizmente algumas pessoas há minha volta, vira e mexe provocam minha energia de forma negativa, e então, somente com alegria e um belo sorriso de bom dia você consegue quebrar aquele sentimento, colocando uma energia para cima, com animação, ou pelo menos tenta ignorar essa discrepância que existe entre o falar das pessoas e suas atitudes. Alguém aí por um acaso não se considera uma pessoa legal? É minha gente, temos um montão de “gentes legais” por aí né, só que na oportunidade que se dá, uma tal inveja, uma tal birra, um falar mal do outro e cobiçar aquele gramado verde do vizinho, e para que mesmo? Qual é a dificuldade de estar bem, falando de coisas boas, vivendo situações prazerosas, sendo sozinho ou com seus companheiros, seja no trabalho, seja no lazer…
Li um texto da dificuldade que a pessoa tinha em comprar flores para presentear a pessoa amada. Um absurdo pensar que pode-se comprar uma arma com mais facilidade, por que na minha humilde concepção, o cara que inventou a arma poderia ter inventado tanta coisa boa para compartilhar com o próximo, mas de forma egoísta ele só quis se proteger, ou proteger aqueles que são “seus”… Pura ilusão. Não estamos vivendo num mundo real, ou pelo menos aqueles que acreditam desperdiçar seu tempo com tanto trabalho atrás de dinheiro para ter poder e poder comprar coisas e dar de presente, e achar que isso é o que faz desse cara um sujeito legal…
Os valores perdidos, invertidos, mal resolvidos. Tenho uma história rápida onde uma vez trabalhando no período da noite em um hostel, chegou esse sujeito de barba preta e bem aparada e me convidou para fumar um baseado. Fomos para o fundo da hospedaria e depois de papo vai e papo vem, ele chegou em mim tentando me beijar. A idade permite que eu me posicione de uma forma educada, entenda o por que ele fez isso comigo e sem me ofender, e sem ofendê-lo também, recusei seu beijo e continuei o papo, explicando justamente isso… Quero mais amor, quero poder elogiar uma amiga sem ela pensar que tenho algum tipo de interesse sexual nela (mesmo que isso às vezes seja inerente do ser humano), quero que os presentes sejam um abraço e um sorriso de verdade, um desejo de felicidade ao próximo, que todos progridam das suas maneiras, com respeito próprio e ao próximo, com um amor que não é esse escrito nos filmes de comédias românticas de Hollywood. Um amor que balança as estruturas, deixa as pernas bambas e o estômago em pandarecos.
Não adianta rezar, não adianta falar que é de “cristo” e que pratica uma religião, indo a igreja aos domingos, se no minuto seguinte, se no dia de ir ao trabalho, se tudo que se tem oportunidade a pessoa vai lá, com um mal humor terrível, tentando te cutucar e te jogar para baixo, e você ali resiste, como um muro levando um soco, dois, e você retribui com sorrisos, sempre com sorrisos, por que uma hora vai acabar, uma hora tudo passa, e quem caminhou certo (e eu digo por experiência própria pois podemos nos reprogramar para sermos atuantes no amor, apesar de muito ter para aprender, eu ainda chego lá!) pode acreditar, alcançará muito mais momentos bons, colecionará histórias muito mais reais e verdadeiras, sentidas pelo âmago de seu corpo e retumbantes de prazer com o outro.