“Sem se importar” deveria ser sua própria regra cara! Põe pra fora suas preocupações e suas lamúrias diárias, e depois de desopilar tudo, perceba, é com você mesmo. Tudo aquilo que você condena e está em uma grande batalha para se fazer melhorar como ser humano aqui e agora.
As histórias passadas, as experiências adquiridas, todo um conhecimento para saber como se portar em convívio social, independente de qualquer variável que tenha. Ir além da apatia e do conformismo e entendendo seus limites físicos e mentais, tendo também então mais entendimento com o que se pode ou não fazer e aceitar. Sempre socialmente falando. E daí que vem as regras, as leis que você segue sem questionar ou sem procurar entender tantos porquês. E não questionar é irritante, mesmo!
Pelo cinema essa questão é tão clara e subjugada que todo mundo acha o máximo o super-herói salvar o mundo ou o casal que brigou o filme inteiro, mas que foram felizes ficando juntos no final. Sabendo que jamais irão viver tais aventuras, vivem nas idealizações hollywoodianas, de tudo ser sempre perfeito, no entanto, é sempre no futuro, nunca no agora. Um futuro que é igual para todos, conheço pessoas que compram seus jazigos bem antes de morrer.
Aliás chega-se aqui ao ponto que me perturba muito, pois vejo que me atrapalha buscar por respostas claras. Por mais ideias que existam por ai, não existe um consenso comprovado do que é “viver a vida”. Acordar com alarmes, sair cedo para trabalhar, trabalhar em algo que nem sabe se gosta, ou pior, que se faz de forma mecânica. Comer no automático, ir ao banheiro da mesma forma. Comprar coisas que não se usa, principalmente roupas, e olhar pra um armário lotado e escolher sempre o mesmo “uniforme”. Utilizar um transporte público que não funciona direito e ai sim você pode dizer que “sobreviveu a uma peripécia” em sua vida, afinal com tantos acidentes e problemas nas ruas, usar o carro ou o metrô em cidades grandes é quase comparável ao trajeto do Frodo em O Senhor dos Anéis. E ao voltarmos pra casa, nos jogamos no sofá em frente a TV e sumimos. Não tem boa noite, não tem afagos de amores, não tem uma janta feita com carinho. É bem triste e não conseguimos definir “vida”. Parabéns as ovelhinhas!